Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2014

Descoberto "gatilho" da forma mais comum de atraso mental e autismo

A síndrome do cromossoma X frágil é a causa genética mais comum de atraso mental e autismo. Recentemente, cientistas nos Estados Unidos descobriram o mecanismo que, nas primeiras semanas do desenvolvimento fetal humano, provoca esta síndrome ao "desligar" um único gene (este facto impede o fabrico pelas células do cérebro do futuro bebé de uma proteína essencial à transmissão neuronal, razão pela qual leva ao aparecimento das condições de doença acima referidas). Os seus resultados mostram também que é possível travar esse "silenciamento" genético in vitro com um composto químico (o que, segundo eles, poderá abrir caminho ao tratamento desta e outras doenças). Por: Patrícia D'Amil, m6403 Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/descoberto-gatilho-da-forma-mais-comum-de-atraso-mental-e-autismo-1626468 

Vitamina A durante a gravidez é essencial para um sistema imunitário saudável nos filhos

Uma equipa internacional liderada por cientistas portugueses descobriu que a ausência de vitamina A durante o desenvolvimento embrionário – neste caso nos ratinhos da experiência – impede a formação normal dos gânglios linfáticos, peças-chave do sistema imunitário. A carência de vitamina A na gravidez põe assim em causa a resposta imunitária. A descoberta, publicada hoje na revista Nature, demonstra como esta vitamina é essencial na alimentação das mulheres, principalmente nos países em desenvolvimento. Pode-se ir buscar a vitamina A a muitos alimentos: cenouras, espinafres ou a batatas-doces. Esta vitamina é necessária para a formação de pigmentos visuais, regulação das células do sistema imunitário nos intestinos ou para o desenvolvimento do próprio embrião. Agora, uma equipa internacional, com cientistas da Holanda e dos Estados Unidos, coordenada por Henrique Veiga Fernandes, líder de um grupo no Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, observou que a vitamina A permitia

Cientistas da Fundação Champalimaud constroem mapas de actividade neural do peixe zebra em acção

Num estudo publicado hoje na revista científica Neuron, neurocientistas da Fundação Champalimaud, em colaboração com colegas da Universidade de Harvard, descrevem aqueles que são os primeiros mapas de actividade neural, com a resolução de células individuais, do cérebro inteiro de um peixe zebra em acção. “Este estudo abre novas possibilidades para o estudo dos circuitos neurais no cérebro”,   diz Michael Orger, investigador principal no Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud.   “Para percebermos como é que o cérebro funciona, é imperativo conseguirmos registar a catividade dos neurónios e, ao mesmo tempo, relacionar essa actividade com o comportamento do animal”. Até há bem pouco tempo, os métodos disponíveis permitiam apenas o registo da actividade de uma pequena parcela dos neurónios existentes no cérebro.“Agora, conseguimos registar a actividade neural de todo o cérebro de um peixe zebra, que tem cem mil neurónios, enquanto monitorizamos os movimentos deste anim

Surprising Dual Role for Messenger RNA Discovered

E se o mRNA para além de ser traduzido em proteínas pudesse também participar na marcação e destruição de outras moléculas de mRNA. Foi exactamente o que cientistas da Universidade de Washington em  St. Louis descobriram, quando estudavam os efeitos do calor em moscas da fruta. Quando o gene convulsão (sei) estava expresso em apenas uma cópia as moscas sofriam ataques aquando exposição ao calor. Este gene é responsável por codificar uma proteína responsável por abrir os canais de potássio em células nervosas levando a sua saída. No entanto no momento em que o gene convulsão era ativado outro gene chamado pickpocket 29 (ppk29) era também ativado. O gene ppk29 codifica uma proteína responsável por abrir os canais de sódio dos neurónios levando assim à entrada deste ião. A transcrição destes genes é coordenada ou seja quando esta calor o gene sei é mais transcrito em detrimento do ppk29 quando fica frio o oposto acontece. Quando as extremidades dos genes foram sobrepostas verificou-se q

Descoberta ligação entre baixa pressão sanguínea e aparência jovem nas mulheres

Um novo estudo sobre aparência e envelhecimento, realizado por cientistas da Unilever e da Leiden University Medical Center, na Holanda, revela que as mulheres que aparentam ser mais jovens tendem a ter baixa pressão sanguínea. Tal significa que têm um risco mais reduzido em contrair doenças cardiovasculares, como um ataque cardíaco ou um enfarte. O estudo também determina a forte relação entre a idade aparente de uma pessoa e as doenças cardiovasculares. Para chegarem a esta conclusão, as mulheres foram divididas em grupos de acordo com o seu risco de doença cardiovascular e concluiu-se que, as que tinham um risco menor, aparentavam ser, no mínimo, dois anos mais novas do que as que estavam em outros grupos, com base em fotografias do seu rosto. http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=58299&op=all Por: Márcia Fonseca, m6277.
Consórcio liderado por portugueses investiga moléculas que impedem VIH de entrar nas células Um consórcio com investigadores de três países diferentes, Portugal, Franca e Roménia, receberam perto de 400.000 euros para estudar, durante os próximos três anos, a interação de moléculas capazes de impedirem a ligação do vírus da imunodeficiência humana (VIH), com as células onde se vai multiplicar.                                   O vírus da sida tem de se ligar às membranas das células hospedeiras para as infectar.     O consórcio é liderado por uma equipa portuguesa, sendo Miguel Castanho o líder da equipa. Miguel Castanho é o investigador principal da equipa de Bioquímica física do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, tendo este se candidatado a um curso lançado pela European Research Area (HIVERA), que financeira projetos na investigação do VIH. O programa é integrado por varias agências nacionais de financiamento dos países europeus, tal como a Fund

Explicação da obesidade está num gene do cérebro

Investigadores demonstraram o papel do cérebro na obesidade, ao verificarem em ratos que as mutações num gene do hipotálamo, o IRX3, podem originar animais 30 por cento mais magros e resistentes a dietas ricas em gorduras. As conclusões do estudo são publicadas na quinta-feira, na revista Nature. Até agora, sabia-se que as mutações com maior grau de associação com a obesidade residiam no gene FTO. Contudo, investigadores em Espanha, nos Estados Unidos e no Canadá descobriram que tais mutações afectam elementos reguladores, que, apesar de estarem localizados no gene FTO, controlam o gene IRX3. Marcelo Nóbrega, geneticista brasileiro da Universidade de Chicago que coordenou o estudo, sustenta que, numa experiência com ratinhos, os roedores com mutações no IRX3 revelaram-se 30 por cento mais magros - devido à perda de tecido adiposo branco, ao aumento de tecido adiposo castanho e à actividade metabólica - e mais resistentes às dietas ricas em gorduras. Tal aconteceu
Exame de sangue é capaz de prever Alzheimer em pessoas saudáveis Um exame de sangue pode prever com precisão o aparecimento da doença de Alzheimer, de acordo com investigadores americanos. Se confirmados, estes resultados poderão ter impacto revolucionário numa das principais doenças degenerativas humanas. Eles mostraram que testes de nível de 10 gorduras no sangue permitiria detectar - com 90% de precisão - o risco de uma pessoa desenvolver a doença nos próximos três anos. Os resultados, publicados na revista Nature Medicine, agora passarão por testes clínicos maiores. Especialistas dizem que os resultados ainda precisam de ser confirmados, mas que tal exame seria «um verdadeiro passo em frente». Há 44 milhões de pessoas a viver com demência em todo o mundo, número que deve triplicar até 2050. A doença ataca o cérebro «silenciosamente» por mais de uma década antes que os sintomas surjam. Os médicos acreditam que tratamentos com remédios estão a falhar porque os pacie
Novo teste de cancro da próstata pode aposentar toque rectal Um teste barato, fácil e preciso para detectar o cancro da próstata pode estar disponível nos próximos meses. Estudos mostram que o novo teste, feito com a urina, pode ser duas vezes mais confiável que o exame de sangue existente para a detecção da doença.             O teste também informa os médicos sobre a gravidade do cancro. Além de salvar vidas, vai aposentar, segundo especialistas, o toque rectal. É descrito como o maior avanço no diagnóstico do cancro da próstata em 25 anos.             Além de preciso, deve custar, quando chegar ao mercado, menos de 12 euros por paciente, o que permitirá a realização de testes em todos os homens a partir dos 40 anos, como acontece com o cancro da mama.             O material foi desenvolvido por cientistas da britânica Universidade de Surrey . Os investigadores anunciaram ter chegado a um acordo com duas empresas, o que porá o teste em consultórios médicos ainda este an

Investigação em Portugal: teste inovador permite identificar multirresistências na tuberculose

Investigação em Portugal: teste inovador permite identificar multirresistências na tuberculose Cientistas envolvidos já tinham sido premiados em 2012 Miguel Viveiros (à esquerda) e Pedro Viana Baptista (ao centro) quando receberam o Prémio de Mérito Científico Santander Totta/ Universidade NOVA Em 2012, receberam o Prémio de Mérito Científico Santander Totta/ Universidade NOVA pelo desenvolvimento de um teste rápido e mais barato de diagnóstico da tuberculose, baseado em nanopartículas de ouro. Em Janeiro, Pedro Viana Baptista, da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT), e Miguel Viveiros, do IHMT, publicaram um artigo em que mostram que, recorrendo ao mesmo método, e dentro do mesmo tubo, é ainda possível determinar se se trata de uma tuberculose multirresistente e  especificar que mutações causam resistência. O estudo, publicado na revista científica internacional  Tuberculosis , partiu de genótipos do bacilo da tuberculose portuguesa, mas a metodologia de diagn

Como é que o cérebro cria sequências?

Estudo de Rui Costa revela que os neurónios dos gânglios da base  sinalizam a ligação dos elementos individuais numa sequência Num artigo publicado ontem na revista científica Nature Neuroscience, o neurocientista Rui Costa, o pós-doutorado Fatuel Tecuapetla, ambos investigadores do Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, e Xin Jin, investigador no Salk Institute em San Diego – EUA, revelam que os neurónios dos gânglios da base sinalizam a ligação dos elementos individuais numa sequência. Quando estamos a aprender a tocar piano, primeiro aprendemos umas  notas, depois passamos às escalas e aos acordes e só então conseguimos tocar uma peça. O mesmo princípio pode ser aplicado à fala e à escrita, onde em vez de escalas aprendemos o alfabeto e as regras da gramática. Mas como é que estes elementos mais pequenos são aglutinados, criando assim uma sequência única e com sentido? Sabe-se que existe uma área específica no cérebro, os gânglios da base, responsáv

Terapia genética permitiu aumentar resistência contra o VIH de pessoas infectadas

Inactivando um gene nas células imunitárias humanas, foi possível, pela primeira vez, reproduzir parcialmente, no organismo de pessoas seropositivas, uma mutação natural que torna os seus portadores imunes ao vírus da sida. Uma equipa de cientistas norte-americanos conseguiu manipular geneticamente as células imunitárias de pessoas seropositivas e fazer assim diminuir a carga viral de algumas delas, que entretanto tinham interrompido o seu habitual tratamento antiretroviral. Os resultados foram anunciados esta semana na revista  The New England Journal of Medicine. “Este é o primeiro grande avanço na área da terapia genética do VIH desde que foi demonstrado que o ‘doente de Berlim’, Timothy Brown, estava livre do VIH”, disse John Rossi, do centro do cancro City of Hope na Califórnia, citado no   site  da revista   Nature .  Recorde-se que o chamado “doente de Berlim”, que parece ter conseguido expulsar totalmente o vírus VIH após um transplante de medula óssea, é actualmen

Mamografia: Fazer ou não fazer, eis a questão

 Mamografia: Fazer ou não fazer, eis a questão Depois de décadas de promoção da mamografia no rastreio para o cancro da mama, novos estudos vêm mostrar que é preciso rever a sua utilidade    O assunto é controverso e não há apenas uma resposta certa. Nos últimos anos, têm surgido estudos, com origem em várias fontes, questionando a eficácia da mamografia como método de rastreio do cancro da mama. Depois da euforia inicial a técnica surgiu na década de 60, nos Estados Unidos, seguiu-se um período de análise. O mais recente estudo, feito por investigadores canadianos da Universidade de Toronto, acompanhou 90 mil mulheres, durante 25 anos. E a conclusão não podia ser mais dececionante: no grupo de mulheres que se submeteram a uma mamografia todos os anos, durante cinco anos, a probabilidade de morrerem de cancro da mama era igual à das mulheres que não fizeram o exame. Mais, 22% das anomalias registadas não eram malignas. Estamos a falar de mulhe
Há numerosas formas de comunicar e desde os primórdios da humanidade que os sons são usados de diversas formas constituindo as mais variadas linguagens. A música é uma arte e também uma linguagem própria através da qual podemos transmitir as mais variadas mensagens e sentimentos.  Estudos realizados com músicos de jazz mostram que existem circuitos neuronais comuns ao processamento da música e da linguagem oral. Observou-se que « a improvisação musical “desligava” as áreas associadas ao processamento semântico da linguagem – ou seja, aquelas que interpretam o significado do que está a ser dito.«Conclui-se ainda que « é o processamento sintáctico, e não o semântico, que é essencial para este tipo de comunicação musical».  Os nosso cérebro e os circuitos neuronais que o integram continuam a ser sem dúvida objecto de pesquisas e descobertas tão fantásticas e espantosas como as mais belas obras de arte que produzem. Juntos escrevem as mais belas sinfonias e pintam as mais espantosas pa