Há numerosas formas de comunicar e desde os primórdios da humanidade que os sons são usados de diversas formas constituindo as mais variadas linguagens. A música é uma arte e também uma linguagem própria através da qual podemos transmitir as mais variadas mensagens e sentimentos.
Estudos realizados com músicos de jazz mostram que existem circuitos neuronais comuns ao processamento da música e da linguagem oral. Observou-se que « a improvisação musical “desligava” as áreas associadas ao processamento semântico da linguagem – ou seja, aquelas que interpretam o significado do que está a ser dito.«Conclui-se ainda que « é o processamento sintáctico, e não o semântico, que é essencial para este tipo de comunicação musical».
Os nosso cérebro e os circuitos neuronais que o integram continuam a ser sem dúvida objecto de pesquisas e descobertas tão fantásticas e espantosas como as mais belas obras de arte que produzem. Juntos escrevem as mais belas sinfonias e pintam as mais espantosas paisagens e descobrem cada dia novos mundos dentro do mundo onde muitos pensam que já pouco existe para descobrir!
Por: Natália Oliveira, m6055
Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-improvisacao-musical-envolve-as-mesmas-areas-cerebrais-que-a-interpretacao-da-estrutura-linguistica-das-frases-faladas-1626041
Estudos realizados com músicos de jazz mostram que existem circuitos neuronais comuns ao processamento da música e da linguagem oral. Observou-se que « a improvisação musical “desligava” as áreas associadas ao processamento semântico da linguagem – ou seja, aquelas que interpretam o significado do que está a ser dito.«Conclui-se ainda que « é o processamento sintáctico, e não o semântico, que é essencial para este tipo de comunicação musical».
Os nosso cérebro e os circuitos neuronais que o integram continuam a ser sem dúvida objecto de pesquisas e descobertas tão fantásticas e espantosas como as mais belas obras de arte que produzem. Juntos escrevem as mais belas sinfonias e pintam as mais espantosas paisagens e descobrem cada dia novos mundos dentro do mundo onde muitos pensam que já pouco existe para descobrir!
Por: Natália Oliveira, m6055
Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-improvisacao-musical-envolve-as-mesmas-areas-cerebrais-que-a-interpretacao-da-estrutura-linguistica-das-frases-faladas-1626041
Improvisação musical envolve áreas cerebrais que
processam estrutura das frases faladas
PÚBLICO
24/02/2014 - 18:12
A visualização da atividade cerebral durante “conversas musicais” informais e espontâneas
entre músicos de jazz mostra
que o processamento da música e da linguagem possuem circuitos neuronais em
comum.
As
"conversas" musicais fazem apelo a certas áreas
cerebrais da comunicação linguística JOÃO MATOS
As áreas do cérebro humano que analisam a sintaxe – a estrutura
das frases da linguagem – não estão reservadas apenas ao processamento
linguístico, sugere um estudo publicado na última edição da revista online de acesso
livre PLoS ONE. Essas mesmas áreas, concluem Charles Limb,
da Universidade Johns Hopkins (EUA), e colegas, também são utilizadas, em
situação de improvisação musical jazzística a dois, quando cada
músico processa, antes de responder, as “frases” musicais que vão sendo criadas
pelo seu parceiro.
Os cientistas recrutaram para o estudo 11
experientes pianistas de jazz com idades entre os 25 e os
56 anos e puseram-nos a “trocar quatros” – tradução literal da expressão em
inglês “trading fours”, que se refere a um exercício de improvisação
em que cada um de dois intérpretes vai criando, alternadamente, quatro
compassos de música. Durante as sessões, que duravam 10 minutos, um dos
dois participantes estava deitado de costas numa máquina de ressonância
magnética. Com os pés relativamente elevados graças a um almofadão e um teclado
de plástico pousado nas coxas, esse músico conseguia ver a posição dos seus
dedos no teclado olhando para um sistema espelhos colocados por cima da sua
cabeça.
Nas imagens da função cerebral obtidas ao vivo e em directo durante as improvisações, os investigadores observaram que a essa tarefa
musical activava áreas cerebrais associadas ao processamento sintáctico da
linguagem. “Até aqui, os estudos de como o cérebro processa a comunicação
auditiva entre duas pessoas têm sido feitos no contexto a improvisação musical
“desligava” as áreas associadas ao processamento semântico da linguagem – ou
seja, aquelas que interpretam o significado do que está a ser dito.da linguagem
falada”, diz Limb em comunicado da sua universidade. "Mas ao olharmos para
o jazz, conseguimos investigar as bases neurológicas da comunicação musical interactiva fora desse contexto.”
E acrescenta: “Quando dois músicos de jazz a trocar quatros parecem imersos
nos seus pensamentos, não estão simplesmente à espera da sua vez para tocar.
Pelo contrário, estão a utilizar as áreas sintácticas do seu cérebro para processar o
que estão a ouvir de forma a conseguir responder com uma série de
notas que nunca tinham sido compostas nem interpretadas.”
Por outro lado, os cientistas também descobriram uma diferença substancial
entre linguagem e música. Mais precisamente: “Neste estudo, mostrámos
que existe uma diferença fundamental entre a forma como o significado da música
e da linguagem é processado pelo cérebro”, salienta Limb. “Especificamente, é o
processamento sintático, e não o semântico, que é essencial para este tipo de
comunicação musical. Os conceitos convencionais da semântica poderão não ser
aplicáveis ao processamento da música pelo cérebro.”
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