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Consórcio liderado por portugueses investiga moléculas que impedem VIH de entrar nas células

Um consórcio com investigadores de três países diferentes, Portugal, Franca e Roménia, receberam perto de 400.000 euros para estudar, durante os próximos três anos, a interação de moléculas capazes de impedirem a ligação do vírus da imunodeficiência humana (VIH), com as células onde se vai multiplicar.


                                  O vírus da sida tem de se ligar às membranas das células hospedeiras para as infectar.

    O consórcio é liderado por uma equipa portuguesa, sendo Miguel Castanho o líder da equipa. Miguel Castanho é o investigador principal da equipa de Bioquímica física do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, tendo este se candidatado a um curso lançado pela European Research Area (HIVERA), que financeira projetos na investigação do VIH. O programa é integrado por varias agências nacionais de financiamento dos países europeus, tal como a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal, e agências francesas e romenas.
    Ao grupo de Miguel Castanho junta-se o grupo, de mais um               Português, João Goncalves, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa,a equipa de Sandrine Sagan, da Universidade Pierre e Marie Curie, em Paris, França, e a equipa de DanFlorinMihailescu, da Universidade de Bucareste, na Roménia.        
O conceito desta investigação já tinha sendo tema de discussão. “Recentemente, começámos a estudar moléculas inovadoras, que ‘inutilizam’ a membrana do vírus [do VIH] antes de qualquer interação com as células”, explica Miguel Castanho ao PÚBLICO. Declarando que este trabalho tem vindo a ter a colaboração da equipa de Nuno Santos, também do IMM, que não incorpora o consórcio.
    São as células hospedeiras que possuem toda a maquinaria, que permitem a multiplicação do material genético do vírus do VIH e produzir as proteínas essenciais, para que se originem novas partículas virais.
    Nos seres humanos as células-alvos são, principalmente, os macrófagos e os linfócitos T CD4, que pertencem ao sistema imunitário, logo as pessoas que estão infectadas por VIH toram-se imunodeprimidas, pois as funções das células do sistema imunitário começam a diminuir gradualmente.
As pessoas que se encontram nesta fase têm de ser medicadas, para não desenvolverem a síndrome de imunodeficiência adquirida (sida). Nesta fase, os doentes tem poucas células do sistema imunitário, em que um microrganismo que é fácil de eliminar quando se tem um sistema imunitário saudável, é uma porta aberta para infecções de difícil tratamento, podendo levar a morte do doente.
    O grupo de João Castanho esta a analisar duas famílias diferentes de moléculas contra o VIH. A primeira é um peptídio inibidor de fusão do VIH com as células hospedeiras e a segunda e uma molécula que altera a estrutura da membrana do VIH tomando-a disfuncional.
    Ao introduzir as duas moléculas, uma de cada classe, dentro de vesiculas de lípidos, os lipossomas, estimulavam o efeito contra o VIH. Uma vez, com estes resultados o grupo de Miguel Castanho quis aprofundar estes resultados.

Adriana Rabaça , m6270

Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/consorcio-liderado-por-portugueses-investiga-moleculas-que-impedem-vih-de-entrar-nas-celulas-1627856

Comentários

  1. A investigação que se pretende efectuar neste consórcio vai permitir que os doentes com VIH tenham uma vida mais saudável, pois as células do sistema imunitário não iram ser afectadas.

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