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Gel pode recuperar tecido cardíaco danificado por infarte

Cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, desenvolveram um hidrogel injetável que promete ser uma forma eficaz de tratar danos no tecido do músculo do coração causados por infarte.

O tecido conjuntivo em pedaços passa por uma limpeza profunda dentro de um béquer para remover suas células. No final de todo o processo, obtém-se um gel poroso e semissólido (UC San Diego Jacobs School of Engineering) 
O gel é produzido a partir de tecido conjuntivo cardíaco retirado de células musculares do coração por meio de um processo de limpeza. É então liofizado (passa por um processo de secagem feito a baixa temperatura), moído até virar pó e liquefeito até se tornar um fluido que pode ser facilmente injetado no coração. Quando atinge a temperatura do corpo, torna-se um gel semi-sólido e poroso, que leva as células a reocupar as áreas danificadas do tecido cardíaco. 

"O objetivo do hidrogel, nesse caso, é regenerar a cicatriz e as células mortas, melhorando assim a capacidade de contração do músculo cardíaco", explica Gowdak. "A substância criada pelos pesquisadores norte-americanos faz parte do que se chama hoje em dia de medicina regenerativa, assim como a utilização de células tronco na regeneração de outros órgãos do corpo".
A pesquisa mostra que o hidrogel pode ser injetado no corpo humano por meio de um cateter, método pouco invasivo que dispensa cirurgia ou anestesia geral. O teste, que usou tecido do coração de porcos, foi aplicado em ratos e não causou nenhuma rejeição do organismo ou arritmias cardíacas nos animais. Segundo Christman, isso acontece porque a equipe removeu todas as células que poderiam ser rejeitadas pelo corpo.


Sara Rinaldi, M4820

Comentários

  1. O infarte cardíaco é a principal causa de morte no mundo ocidental apesar dos avanços no seu tratamento. Actualmente, apresenta uma taxa de mortalidade em torno de 8 a 10% e portanto é importante o seu rápido reconhecimento para que possa ser efectuado o tratamento apropriado e redução do risco de morte e sequelas.
    Esta importante descoberta e avanço na medicina regenerativa, com o auxilio de conhecimentos na área da engenharia de tecidos, poderá contribuir, futuramente, para o tratamento eficaz desta doença mundialmente tão popular.

    Sara Rinaldi M4820

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