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Impacto da doença inflamatória do intestino na vida das pessoas
Estudo europeu revela absentismo laboral e desconforto social


No âmbito do Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino, que se comemora no dia 19 de Maio, foram divulgados os resultados de um estudo europeu recente sobre o impacto que esta doença tem na vida dos doentes. As entrevistas foram feitas cinco mil doentes, de mais de 21 países, inclusive Portugal – 160 doentes dos quais 69% eram doentes de Crohn e 29% eram doentes de colite ulcerosa.

Entre os principais resultados do estudo a nível nacional destacam-se os ligados ao absentismo laboral mas também ao desconforto social e relações pessoais. A frequência da necessidade de ir à casa de banho é um dos resultados com mais destaque no estudo, por este motivo, esta rotina é considerada um fardo na vida dos doentes. Do total dos 160 doentes portugueses entrevistados, 36% afirmam já ter sido alvo de piadas por parte de terceiros relativamente à frequência com que têm necessidade de ir à casa de banho.

E quando a pergunta se refere a viagens ou a programas sociais, 53% dos inquiridos preocupam-se com a disponibilidade das casas de banho sempre que vão a algum sítio e 56% consideram mesmo este assunto como uma questão fundamental na altura de fazer planos de viagem ou mesmo planos para uma simples saída.

Relativamente ao absentismo laboral, 59% dos doentes sentem-se stressados e pressionados por ter de faltar ao trabalho por causa da doença, mas 75% indicaram já ter faltado pelo menos um dia durante o ano por causa da doença e 21% já faltaram mais de 25 dias.

Como principais razões apontam as consultas médicas (69%), emergências médicas com necessidade de ida ao hospital (54%), fadiga (43%) e cólicas ou dor abdominal (34%). Em termos de hospitalizações, 87% dos doentes dizem ter sido hospitalizados pelo menos uma vez em cinco anos por causa da doença.

No patamar da discriminação e estigma social, 24% dos entrevistados dizem ter sido vítimas de queixas e comentários injustos ao seu desempenho profissional e 19% revelam mesmo já ter sido discriminados no local de trabalho.


Em termos de profissionais, 49% dos doentes afirmam que as suas perspectivas de futuro foram afectadas negativamente pela doença inflamatória do intestino e 31% dos doentes indicam que a doença já fez com que se despedissem ou que fossem despedidos do seu trabalho.


Em termos pessoais, 22% dos inquiridos relevam que a doença os impediu de fazer ter amigos e 45% referem que a doença inflamatória do intestino os impediu de apostar numa relação pessoal. Contudo, 66% negam que a doença tenha sido a causa do fim de uma relação.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=58565&op=all 


Por: Catarina de Matos Luís, M6203

Comentários

  1. A doença inflamatória do intestino é uma patologia que condiciona profundamente a vida social e profissional de aproximadamente 13 500 portugueses e mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo. Assinalando-se no próximo dia 19 de Maio o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal que se trata de uma perturbação crónica que afeta o intestino, traduzindo-se frequentemente por diarreia, cólicas, dor abdominal, febre, sangue e muco visíveis nas fezes, coincidente com a falta de apetite e uma consequente perda de peso. A doença é proeminente sob a forma de Doença de Crohn e Colite Ulcerosa, sendo ambas patologias muito semelhantes sendo por vezes difícil distingui-las.
    Deste modo, investir na investigação nesta área é de todo crucial, pois a prevenção é a chave para a diminuição destes números assustadores e a descoberta de novos dados conduz ao aumento de conhecimento nesta área.

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