Fármaco elimina células infectadas pelo papiloma vírus humano
Uma equipa de investigadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, descobriu que o fármaco Lopinavir, utilizado para tratar portadores do vírus da sida, pode combater de forma eficaz o papiloma vírus humano (HPV), associado ao desenvolvimento de cancro no colo do útero.
Um estudo publicado na revista “Antiviral Therapy”, mostrou que este medicamento tem a capacidade de alterar um mecanismo de defesa do HPV em células de mulheres infectadas com o vírus.
Contudo, os seus efeitos positivos contra o vírus responsável pelo desenvolvimento de tumores cancerígenos no colo do útero, e que nos homens está associado ao cancro peniano, só ocorrem se as pacientes receberem uma dose 15 vezes superior à aplicada nos doentes com sida. Desta forma, para os cientistas, o melhor método de aplicação seria por meio de cremes, pois, actualmente, o medicamento é disponibilizado apenas em formato de comprimidos.
De acordo com os investigadores, o Lopinavir actua no organismo ao eliminar as células infectadas pelo HPV, sem provocar danos significativos naquelas que são saudáveis. Tal acontece, porque o medicamento activa um sistema anti-viral do próprio organismo que é suprimido pelo HPV.
“As células infectadas em que o fármaco actua não são do cancro em si, mas o que se tem de mais próximo das células encontradas numa infecção de HPV pré-cancerígena”, referiu Ian Hampson, membro da equipa responsável pelo estudo, que, em 2006, tinha realizado outro trabalho em que identificou o mesmo efeito do Lopinavir através de testes de laboratório.
Para a equipa da Universidade de Manchester, esta descoberta pode melhorar o tratamento do cancro do colo do útero, cujos casos têm vindo a aumentar devido à transmissão sexual do vírus HPV, um das causas mais comuns da doença.
Já existem vacinas para o HPV, mas são ineficazes em mulheres já infectadas pelo vírus e não protegem contra todos as formas do vírus, para além de que são muito caras e não chegam assim a toda a gente.
Andreia Monteiro
“As células infectadas em que o fármaco actua não são do cancro em si, mas o que se tem de mais próximo das células encontradas numa infecção de HPV pré-cancerígena”, referiu Ian Hampson, membro da equipa responsável pelo estudo, que, em 2006, tinha realizado outro trabalho em que identificou o mesmo efeito do Lopinavir através de testes de laboratório.
Para a equipa da Universidade de Manchester, esta descoberta pode melhorar o tratamento do cancro do colo do útero, cujos casos têm vindo a aumentar devido à transmissão sexual do vírus HPV, um das causas mais comuns da doença.
Já existem vacinas para o HPV, mas são ineficazes em mulheres já infectadas pelo vírus e não protegem contra todos as formas do vírus, para além de que são muito caras e não chegam assim a toda a gente.
Andreia Monteiro
Fonte: http://www.cienciahoje.pt
O cancro do colo do útero afectou no ano de 2010 cerca de 17 000 mulheres em Portugal. Contudo, em Maio do presente ano saiu uma notícia bastante animadora para as mulheres, que padecem ou podem vir a sofrer de cancro do colo do útero. Pois esta revela um instrumento ideal à cura desta doença.
ResponderEliminarAtravés da literatura, verificamos que a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) já existente para esta doença é ineficaz em mulheres já infectadas pelo vírus e ainda não protege contra todas as formas do vírus. Tal facto desencadeou inúmeras tentativas de solucionar este problema. Uma das respostas é através do fármaco “Lopinavir”, utilizado para tratar portadores do vírus da SIDA, para combater de forma eficaz o HPV.
O fármaco anunciado nesta notícia actua no organismo eliminando as células infectadas pelo HPV sem provocar danos significativos naquelas que são saudáveis, permitindo assim que este tratamento seja direccionado às células tumorais evitando assim a toxicidade das células vizinhas.
Resumindo, resta referir que a ciência não pára de evoluir. Ora no tratamento de uma determinada doença ora por pura coincidência no tratamento de outra. Neste momento, estamos a atingir grandes metas, “fazer ciência a partir de ciência”.
Andreia Monteiro