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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

Quando é que a epidemia do coronavírus vai abrandar?

O número de casos não pára de aumentar mas ainda há muitos espaços em branco no conhecimento sobre o novo coronavírus que foi identificado pela primeira vez na China, em Dezembro. Para uma grande parte das dúvidas sobre esta epidemia só há respostas incompletas ou conclusões provisórias. Quando será o “pico” da epidemia? Ninguém sabe ao certo. É difícil fazer estimativas sobre a evolução do novo coronavírus. Esta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde anunciou que um grupo de peritos que esteve na China terá concluído que o pico da epidemia terá já ocorrido, entre o dia 23 de Janeiro e 2 de Fevereiro, considerando que o aumento dos casos estabilizou desde essa altura. Mas há outros cientistas, na China e na Europa, que calculam que o pico da epidemia só acontecerá no final deste mês de Fevereiro (ou seja, durante esta semana). Outros investigadores acreditam que o novo coronavírus ainda vai infectar milhões de pessoas durante os próximos tempos. Os casos aumentam todos os d

Maior estudo genómico ao cancro permitirá detetá-lo antes do diagnóstico

Estudo envolveu mais de 2600 doentes com cancro e revela que as primeiras mutações causais aparecem muitos anos antes, senão mesmo décadas, do diagnóstico da doença. Costuma dizer-se que o cancro é o preço do progresso ou o preço que temos de pagar por vivermos mais. Sabendo-se que uma em cada duas pessoas no mundo poderá vir a sofrer da doença. Mas, hoje, sabe-se que este poderá começar a ser detetado m uito antes do diagnóstico ser feito. É um dos resultados do projeto Pan-Cancro, um estudo que envolveu 2600 doentes que sofriam de 38 tumores diferentes, Segundo noticia o jornal El País, este estudo genómico ao cancro é o mais detalhado feito até hoje em que a análise molecular a cada tipo de tumor mostra o caminho para novos tratamentos e métodos de diagnóstico prematuro. Este estudo colocou lado a lado o genoma completo do doente, do seu tumor e o genoma humano de referência, analisando-os 30 vezes, letra a letra, para conhecer todas as mutações que diferenciam a célula canc

Estranhas explosões, semelhantes às dos neurónios, detetadas em células da pele pela primeira vez

Um processo de sinalização semelhante às explosões dos neurónios acontece nas células da pele, descobriu recentemente uma equipa de cientistas da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos. A atividade cerebral é única no ser humano: os neurónios “explodem”, uma vez que as células cerebrais transmitem informações umas às outras através da libertação de neurotransmissores quím icos, recebidos pelas dendrites longas e ramificadas das células vizinhas. Recentemente, uma equipa de cientistas descobriu que, afinal, este ritual não pertence apenas aos neurónios. Um processo de sinalização semelhante às explosões dos neurónios acontece nas células da pele. Investigadores da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, observaram as interações entre dois tipos diferentes de células da pele: melanócitos, que produzem a melanina, e queratinócitos, que compõem a grande maioria da epiderme, protegendo o corpo da exposição ambiental. Ainda que os queratinócitos sejam reguladores do comportament

As células imunitárias “conversam” antes de tomar uma decisão

Estudo mostra que, na linha da frente do sistema de defesa do organismo, as células imunitárias consultam as suas vizinhas antes de decidir como agir. Este mecanismo pode ser importante para novas terapias contra cancro e doenças auto-imunes. Como em muitas coisas na vida, o segredo do sucesso está muitas vezes no equilíbrio entre a falta e o excesso. No nosso organismo, na biologia, esse princípio também pode ser valioso. Na resposta a um intruso, inflamação ou infecção, as células imunitárias recrutadas para agir em defesa do organismo têm de saber reagir q.b. a uma ameaça, sem exagerar. Um estudo divulgado na revista Nature Communications desvenda o método de organização de um tipo específico de células que está na linha da frente do sistema imunitário. Parece que os macrófagos consultam os vizinhos para “decidir” como agir. “A inflamação iniciada por macrófagos é fortemente regulada para eliminar ameaças como infecções, enquanto evita uma activação imune prejudicial”, come

Cientistas encontram no Ébola um aliado inesperado contra os tumores cerebrais

Cientistas encontraram um gene do vírus do Ébola que mostrou ser útil no combate contra os glioblastomas, que são tumores cerebrais que reaparecem após serem eliminados. O gliobastoma é um tumor que cresce e espalha-se depressa e reaparece depois de tratado. Numa tentativa de encontrar solução para o seu tratamento, investigadores encontraram no vírus do Ébola um aliado inesperado na luta contra  este tipo de cancro. “A ironia é que um dos vírus mais letais do mundo pode ser útil no tratamento de um dos cancros do cérebro mais mortais”, salientou Anthony van den Pol, coautor do estudo publicado na semana passada na revista científica Journal of Virology. Esta abordagem inédita tira proveito de uma fraqueza na maioria dos tumores do cancro e também de uma defesa do Ébola contra a resposta do sistema imunológico a patógenos. Como as células cancerígenas não conseguem criar defesas sólidas contra vírus, os investigadores aproveitaram-se desta lacuna para usar vírus para combater o

Inteligência artificial descobre novo antibiótico contra superbactérias

Graças à inteligência artificial (IA) cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, criaram um antibiótico poderoso que mata algumas das bactérias mais resistentes a medicamentos. A descoberta foi publicada no periódico científico Cell. Para encontrar novos antibióticos, os pesquisadores primeiro treinaram um algoritmo de machine learning para identificar os tipos de mo léculas que matam bactérias Eles forneceram ao programa informações sobre as características atômicas e moleculares de quase 2500 medicamentos e compostos naturais, além de dados sobre quanto cada substância bloqueia o crescimento da bactéria Escherichia coli. Uma vez que o algoritmo aprendeu quais características moleculares produziam bons antibióticos, os cientistas o colocaram para trabalhar em uma biblioteca com mais de 6 mil compostos que estão sendo investigados como potenciais medicamentos. A tecnologia se concentrou em encontrar compostos eficazes, mas diferentes dos antibió

Feijão português pode ser resposta para fungo que destrói plantações

O feijão é a leguminosa de maior consumo humano nacional com 12 milhões de toneladas produzidas anualmente. No entanto, esta espécie pode ser afectada pela fusariose, uma doença causada por um fungo do solo que penetra na planta pela raiz, acabando por bloquear a passagem de água, provocando um efeito semelhante ao da seca.É aqui que entra o estudo do germoplasma português de feijão, ou seja, o conjunto d as variedades nacionais seleccionadas pelos agricultores ao longo do tempo, bem como as variedades conservadas no frio no banco de germoplasma, identificando as zonas ou genes que apresentam uma maior resistência à doença, conforme explicou à agência Lusa a investigadora Carlota Vaz Patto, que lidera o Laboratório PlantX. Para esta análise, que contou com o financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, foram seleccionadas variedades que cobrem as zonas que produzem feijão em Portugal, bem como as variedades comerciais, como o feijão vermelho ou manteiga. Fonte: http

Criado mapa 3D de proteína do vírus que pode ajudar numa vacina

A tridimensional obtida é da proteína da espícula, que se encontra à superfície dos coronavírus. Investigadores da Universidade do Texas fizeram um avanço que pode ser importante no desenvolvimento de uma vacina para o novo coronavírus, criando o primeiro mapa de escala atómica 3D da parte do vírus que ataca e infecta as células humanas. Mapear a proteína da espícula, que existe na superfície do vírus e é crucial para a fixação viral e a sua entrada na célula hospedeira, é um passo essencial para que os investigadores de todo o mundo possam desenvolver vacinas e medicamentos antivirais para combater o vírus, segundo um artigo publicado na revista Science. A equipa de investigadores da Universidade do Texas em Austin e dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos está também a trabalhar numa potencial vacina relacionada com a investigação que está a desenvolver. Jason McLellan, professor associado da Universidade do Texas em Austin que liderou a investigação, e os seus colega