O número de casos não pára de aumentar mas ainda há muitos espaços em branco no conhecimento sobre o novo coronavírus que foi identificado pela primeira vez na China, em Dezembro. Para uma grande parte das dúvidas sobre esta epidemia só há respostas incompletas ou conclusões provisórias.
Quando será o “pico” da epidemia?
Ninguém sabe ao certo. É difícil fazer estimativas sobre a evolução do novo coronavírus. Esta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde anunciou que um grupo de peritos que esteve na China terá concluído que o pico da epidemia terá já ocorrido, entre o dia 23 de Janeiro e 2 de Fevereiro, considerando que o aumento dos casos estabilizou desde essa altura. Mas há outros cientistas, na China e na Europa, que calculam que o pico da epidemia só acontecerá no final deste mês de Fevereiro (ou seja, durante esta semana). Outros investigadores acreditam que o novo coronavírus ainda vai infectar milhões de pessoas durante os próximos tempos. Os casos aumentam todos os dias, mostrando que o vírus continua a somar vítimas no local de origem do surto (na China) e fora da Ásia. Apesar de ainda não ser possível identificar com precisão o pico da epidemia, é seguro dizer que os casos ainda não mostraram sinais de um evidente abrandamento. Nos últimos dias, a Itália tornou-se um foco importante da infecção na Europa.
A taxa de mortalidade mantém-se baixa?Sim. Em termos globais a taxa de mortalidade situa-se actualmente nos 2,1%, ainda longe de outros coronavírus como o da SARS ou da MERS, com registos de 9,5% e 34,5%, respectivamente. No entanto, é impossível dizer se esta é a definitiva taxa de mortalidade associada a este vírus. Com a evolução da situação, os dados podem mudar. Uma análise detalhada da informação sobre todos os casos confirmados até ao momento, no site da Worldometer, revela por exemplo que a taxa de mortalidade em Wuhan (onde o novo coronavírus foi identificado em Dezembro) é de 4,9%. Na análise das mais de 2500 mortes registadas até ao momento em todo o mundo e que correspondem a uma taxa de mortalidade de 2,1%, há mais homens (dois terços dos casos), mais de 80% das vítimas tinham mais de 60 anos e 75% tinham outras doenças associadas.
Quantas pessoas infectadas recuperaram?
A grande maioria das vítimas recuperou. Neste momento, de um total de casos que se aproxima dos 80 mil há o registo de mais de 25 mil pessoas que terão recuperado completamente da infecção após um diagnóstico positivo. Dos mais de 51 mil casos que ainda se mantém sob vigilância médica em vários países, 78% manifestam sintomas ligeiros e 22% são considerados casos preocupantes ou críticos.
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