Ajudar os outros ajuda-nos, também, a
nós próprios. A conclusão é de um novo estudo internacional que revela que
fazer voluntariado contribui para reduzir o 'stress' e a exaustão associados ao
trabalho, aumentando o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
A investigação publicada este mês na
revista científica Journal of Occupational and Environmental Medicine,
debruçou-se sobre 746 trabalhadores suíços que exercem funções a tempo inteiro
e a tempo parcial, 35% dos quais se dedicam, também, ao voluntariado, várias
vezes por ano.
Através de inquéritos, os cientistas procuraram "compreender a
relação entre o voluntariado e a saúde" com vista a apurar se esta prática
pode funcionar como "um recurso psicossocial, contribuindo para um maior
balanço entre a vida pessoal e profissional e, em última instância, para uma
melhor saúde".
Os participantes no estudo responderam a questões sobre a exigência do
emprego e a sua perceção acerca do equilíbrio entre vida e trabalho. Além
disso, a equipa de investigadores procurou, também, medir os seus níveis de
'stress' cansaço associados à atividade profissional.
O estudo provou que os que indivíduos que praticavam voluntariado
apresentavam níveis inferiores de 'stress' e tinham menor probabilidade de se
sentir exaustos no trabalho.
Os voluntários relataram, também, uma maior sensação de equilíbrio entre vida
profissional e pessoal em comparação com os que não tinham por hábito fazer
voluntariado.
"Embora consuma energia e tempo, o voluntariado pode contribuir para
uma maior sensação de equilíbrio entre os trabalhadores, o que, por sua vez,
pode influenciar positivamente a saúde", afirmam os autores da
investigação.
Esta não é a primeira vez que os
benefícios do voluntariado para a saúde são comprovados pela ciência. Em 2013, a Universidade de Harvard revelou que ser voluntário faz bem ao corpo e à mente e contribui, até, para baixar a tensão
arterial, para aumentar a longevidade e para diminuir os sentimentos de solidão
e depressão.
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