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Cura para a cegueira pode chegar em 5 anos

Método de implantação de células estaminais foi testado em dois doentes e os resultados foram mais positivos do que se esperava. Ambos os pacientes recuperaram a visão.
A cura para a cegueira pode ser um tratamento comum. O processo consiste na aplicação de um “remendo” de células estaminais na parte danificada dos olhos. Esta técnica inovadora pode estar disponível para todos os doentes que sofrem de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) húmida, dentro de cinco anos.
Segundo o Diário de Notícias, este novo sistema foi criado pelo Projeto para a Cura de Cegueira de Londres, uma colaboração entre o professor Pete Coffey da University College London e o professor Lyndon da Cruz, cirurgião da retina no Moorfields Eye Hospital.
O tratamento foi aplicado em dois doentes britânicos – um homem na casa dos 80 anos e uma mulher nos 60 – com sucesso. Os pacientes foram escolhidos devido ao estado avançado da doença, mas ambos recuperaram a visão central.
Nestes casos, o sucesso é medido em linhas numa tabela de leitura. “O primeiro paciente teve seis linhas de recuperação, o que é surpreendente, e o segundo recuperou cinco linhas e parece continuar a melhorar à medida que os meses passam”, explicou Pete Coffey, citado pelo The Guardian.
O uso de células estaminais nos olhos não obriga à toma diária de imunossupressores para o resto da vida, sendo esse um ponto de sucesso deste novo método. É possível injetar cápsulas que libertam imunossupressores nos olhos por períodos de dois a três anos, uma vez que o olho é um órgão que funciona isoladamente.
Os médicos esperam que este procedimento se torne tão comum como as cirurgias às cataratas, de modo a colocar a cura para a cegueira à disposição de mais doentes. A DMRI é uma doença bastante comum no que diz respeito à perda de visão. Em Portugal, estima-se que 12% da população com mais de 65 anos sofra desta doença, segundo o jornal.
O tratamento foi aplicado apenas a doentes com a forma “húmida” da DMRI, mas os médicos acreditam que esta técnica pode funcionar também para a forma “seca” da doença. Os resultados da cirurgia aos dois doentes britânicos foram publicados na revista Nature Biotechnology.


Fonte: Zap


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