Sensores
colocados na pele poderão avisar sobre problemas de saúde, sugerir o
melhor exercício físico ou ajudar soldados em situação de guerra
Sensores
colocados na pele poderão avisar sobre problemas de saúde, sugerir o
melhor exercício físico ou ajudar soldados em situação de guerra, uma
tecnologia que já está a ser comercializada na Europa.
Sensores
colocados na pele poderão avisar sobre problemas de saúde, sugerir o
melhor exercício físico ou ajudar soldados em situação de guerra, uma tecnologia que já está a ser comercializada na Europa.
Os sensores implantáveis, que os investigadores procuram agora comercializar também nos Estados Unidos, foram hoje apresentados no 255.º Encontro Nacional e Exposição da Sociedade Americana de Química
(ACS, na sigla original), a maior sociedade científica do mundo e que
se reúne de hoje a quinta-feira, com mais de 13.000 apresentações
agendadas.
"Outros sensores
implantáveis atualmente no mercado têm uma significativa desvantagem",
disse Natalie Wisniewski, que faz parte da equipa de investigação.
Segundo a especialista, outros implantes ao serem colocados provocam uma
resposta imune do organismo ao corpo estranho, o que faz com que deixe
de detetar com precisão alterações químicas e que pare de funcionar ao
fim de semanas ou meses.
Wisniewski e a restante equipa desenvolveram um sensor menor do que um grão de arroz, sem superfícies planas, em hidrogel tão sensível como uma lente de contacto, e que o corpo não reconhece como estranho.
A responsável anunciou que os primeiros sensores implantados em voluntários humanos estão há mais de quatro anos a funcionar.
Os
investigadores colocaram moléculas com corantes que respondem à
concentração de um analito no sangue. O tipo de molécula anexada ao
hidrogel determina o analito. Um analito é o componente de uma amostra
que é alvo de análise, por exemplo a glicose, ou o oxigénio, que podem
ser reconhecidos pelo sensor.
Um
pequeno detetor mantido contra a pele, através de luz infravermelha,
não visível para o olho humano, mostra se as moléculas com corantes têm
mais ou menos fluorescência, dependendo da concentração do analito. O
detetor envia depois os dados para um computador ou para um telemóvel.
O
primeiro produto a ser comercializado na Europa serve para mostrar os
níveis de oxigénio em pessoas com doença arterial periférica,
normalmente associada à aterosclerose e que afeta 15 a 20% de pessoas
com mais de 70 anos.
A doença reduz o
fluxo de sangue oxigenado nos braços e pernas e pode levar à amputação, e
o implante ajuda a prevenir essas amputações, informando os médicos
sobre a falta de oxigénio nos membros.
Atualmente
estão a ser feitos ensaios para usar o dispositivo para monitorizar os
níveis de oxigénio em pacientes com feridas crónicas nos pés. E os
investigadores estão a desenvolver sensores para outros analitos, como a
glicose, e estudam a possibilidade de adicionar analitos por norma
avaliados através dos comuns exames de sangue.
Segundo
Wisniewski, os sensores iriam fornecer um registo contínuo dos
analitos, o que permitiria detetar um problema antes dos sintomas
físicos e assim agir rapidamente.
A responsável disse que os militares também estão interessados no implante, que pode por exemplo ajudar a avaliar a saúde dos soldados ou indicar quais dos soldados feridos devem ser tratados primeiro.
Monitorizar
os níveis de oxigénio em torno de um músculo também pode mostrar o
nível de aptidão de uma pessoa, uma informação que pode ser importante
para militares mas também para atletas.
Fonte: Diário de Notícias
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