Os dados são de um estudo apresentado hoje no 24.º Congresso
Europeu da Obesidade no Porto, promovido pela primeira vez pela Associação
Internacional de Adoçantes (ISA). A apresentação contou com novos dados científicos
resultantes do mais recente estudo sobre o efeito dos adoçantes baixos em
calorias no apetite, na ingestão calórica e no controlo do peso.
O tema há muito que tem sido alvo de debate, com os
adoçantes com baixo teor calórico a serem acusados de desempenhar um papel no
aumento dos números da obesidade. Os novos dados, agora apresentados, desmentem
estas ideias e confirmam estes adoçantes como uma ferramenta para ajudar a
controlar a ingestão calórica e combater o desejo de consumo de alimentos
doces.
Os resultados, apresentados pela primeira vez no simpósio da
Associação Internacional de Adoçantes (ISA), que se realiza no âmbito do 24.º
Congresso Europeu de Obesidade (ECO), no Porto, vão ao encontro das conclusões
de anteriores revisões e meta-análises de ensaios clínicos randomizados, já
apresentadas publicamente por John Sievenpiper, professor associado do
Departamento de Ciências da Nutrição da Universidade de Toronto, no Canadá. De
facto, aquilo que este especialista mostrou confirma que os adoçantes com baixo
teor calórico ajudam a reduzir as calorias ingeridas, melhoram o peso corporal
e têm influência nos fatores de risco cardiometabólicos.
“Contrariando algumas preocupações, todas as indicações
provenientes das provas de ensaios randomizados de mais alta qualidade apontam
para um benefício”, enfatizou Sievenpiper nas suas conclusões finais.
Já não é novidade para a comunidade científica que
substituir o consumo de alimentos e bebidas açucaradas por alternativas com
adoçantes de baixas calorias pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar e a
ingestão calórica em geral. Mas ainda assim, este continua a ser um tópico de
controvérsia. É para eliminar quaisquer dúvidas nesta área que surgem agora os
dados de um trabalho de Marc Fantino, fisiologista da nutrição francês, e da
sua equipa. O ensaio clínico randomizado, que contou com a participação de 164
homens e mulheres saudáveis e com peso considerado normal, que ou eram
consumidores regulares de bebidas dietéticas ou não consumiam bebidas com
adoçantes, revelou “que tanto o consumo reduzido como o elevado de bebidas com
adoçantes de baixas calorias (consumo diário de 660ml/dia por um período de
quatro semanas) não estimula o consumo de alimentos nem aumenta a ingestão de
calorias, quando comparado com a água, que é sugerida como o substituto
preferido para as bebidas açucaradas”.
Charlotte A. Hardman junta a estes os resultados
preliminares de uma pesquisa, que ainda decorre, realizada pela Universidade de
Liverpool (Reino Unido), que analisa os fatores fisiológicos que levam os
consumidores a ingerir bebidas baixas em calorias. E Charlotte A. Hardman
observa que, com base nos resultados do estudo, “as preocupações com o peso
corporal e as crenças positivas sobre a palatabilidade [aquilo que é agradável
ao paladar] e o controlo do apetite são fatores determinantes para o consumo de
bebidas com adoçantes de baixas calorias”. Ao olhar para outros comportamentos
sobre o uso destes adoçantes em consumidores frequentes e não frequentes, os
resultados iniciais revelam que o consumo de bebidas dietéticas pelos
consumidores frequentes é uma estratégia eficaz no combate ao desejo de
alimentos doces e proporciona uma redução bem-sucedida da ingestão de energia
quando surgem esses desejos, comparando com os não consumidores.
Na discussão final do painel, presidida pela Professora
Maria Hassapidou, os especialistas concordaram que: “Todos estes dados, em
conjunto, adicionam mais evidências em defesa do argumento convincente que indica
o benefício dos adoçantes de baixo teor calórico na redução das calorias em
geral, e no controlo do peso, e argumentam contra o papel destes adoçantes na
promoção da obesidade e da diabetes. Para colmatar eventuais incertezas
mantém-se a necessidade de ensaios clínicos randomizados com mais gente, de
maior duração e de grande qualidade”.
FONTE: http://saudeonline.pt/2017/05/19/adocantes-podem-ajudar-a-reduzir-a-ingestao-calorica-e-o-desejo-de-consumir-doces/
Comentário de Miguel Lanzi: O efeito dos adoçantes baixos em calorias no apetite, na ingestão calórica e no controlo do peso há muito que tem sido alvo de debate, com os adoçantes com baixo teor calórico a serem acusados de desempenhar um papel no aumento dos números da obesidade. Os novos dados, agora apresentados, desmentem estas ideias e confirmam estes adoçantes como uma ferramenta para ajudar a controlar a ingestão calórica e combater o desejo de consumo de alimentos doces.
FONTE: http://saudeonline.pt/2017/05/19/adocantes-podem-ajudar-a-reduzir-a-ingestao-calorica-e-o-desejo-de-consumir-doces/
Comentário de Miguel Lanzi: O efeito dos adoçantes baixos em calorias no apetite, na ingestão calórica e no controlo do peso há muito que tem sido alvo de debate, com os adoçantes com baixo teor calórico a serem acusados de desempenhar um papel no aumento dos números da obesidade. Os novos dados, agora apresentados, desmentem estas ideias e confirmam estes adoçantes como uma ferramenta para ajudar a controlar a ingestão calórica e combater o desejo de consumo de alimentos doces.
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