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canábis poderá melhorar o consumo de energia pelo cérebro, deficitário na
doença de Alzheimer, de acordo com uma investigação internacional cujos autores
procuram agora separar os efeitos positivos e negativos da substância.
"Alguns efeitos da canábis poderão melhorar o consumo de energia pelo
cérebro, que se encontra deficitário na doença de Alzheimer", revela um
estudo liderado pelos centros de Neurociências e Biologia Celular da (CNC) da
Universidade de Coimbra (UC) e para a Investigação Biomédica em Doenças Neurodegenerativas
de Espanha (Instituto Cajal), anunciou hoje a UC.
"O desafio futuro desta descoberta em ratinhos", já publicada na
revista Neuropharmacology, reside na separação das consequências negativas e
positivas da planta, sublinha a UC, numa nota hoje divulgada.
O principal ingrediente psicoativo da marijuana - tetrahidrocanabinol (THC) -,
atua sobre dois recetores - CB1 e CB2 -, localizados no cérebro, que se
distinguem como os "polícias maus e os polícias bons".
"Os recetores CB1 estão associados à morte neuronal, distúrbios mentais e
vício em diferentes drogas ou álcool", enquanto os CB2, pelo contrário,
"anulam muitas das ações negativas dos CB1, protegendo os neurónios,
promovendo o consumo de glucose (energia) pelo cérebro e diminuindo a dependência
de drogas", refere a UC.
Através de diversas técnicas laboratoriais, os investigadores concluíram que
"os recetores CB2, quando estimulados por análogos do THC quimicamente
modificados para interagirem apenas com os recetores CB2 sem ativar o CB1, evitando
os efeitos psicotrópicos e mantendo os efeitos benéficos, promovem o aumento de
captação de glucose no cérebro", explica Attila Köfalvi, primeiro autor do
artigo»
Fonte:http://www.dn.pt/sociedade/interior/estudo-revela-efeitos-positivos-da-canabis-na-doenca-de-alzheimer-5188535.html
Comentário do Bloguista: A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. Não
existe cura para esta doença, a qual se agrava progressivamente até levar à
morte. Foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e
neuropatologista alemão Alois Alzheimer, de quem recebeu o nome. A doença é
geralmente diagnosticada em pessoas com idade superior a 65 anos, embora possa
ocorrer mais cedo. Os cientistas procuram uma cura para esta doença, neste
momento a canábis pode ser um primeiro passo para possíveis melhorias para
estes doentes.
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