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Há células que não se mexem? Diagnóstico preciso de Alzheimer cada vez mais perto



Investigadores da Universidade Coimbra descobriram como algumas células do sistema imunitário perdem a capacidade de combater Alzheimer

Há células - os monócitos, do sistema imunitário inato - que não se deslocam quando estimuladas por substâncias produzidas no cérebro. Ora isto pode significar uma "redução do número de células que podem ser recrutadas para o tecido nervoso e participar no combate à doença" de Alzheimer, aponta Ana Luísa Cardoso, coordenadora do grupo de investigação do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.

A descoberta de como algumas células do sistema imunitário deixam de ter capacidade para combater a doença de Alzheimer é mais um passo para encontrar um diagnóstico definitivo, defende a universidade, em comunicado. Já que o estudo de quatro anos identificou alterações moleculares nos monócitos de doentes que podem servir de biomarcadores sinalizadores da Doença de Alzheimer, tanto numa fase precoce como em estados mais avançados.

Encontrar formas de diagnóstico mais concreto é fundamental, uma vez que atualmente não é fácil distinguir as diversas formas de demência, reconhece a investigadora. "Penso que demos um passo importante na direção de um diagnóstico mais preciso, uma vez que conseguimos identificar diferenças evidentes nos monócitos dos doentes de Alzheimer, sobretudo nas fases muito precoces semelhantes ao Défice Cognitivo Ligeiro (DCL), comparativamente aos indivíduos saudáveis. A descoberta é particularmente importante visto que estas alterações foram encontradas em células do sangue, as quais podem ser obtidas de forma fácil, rápida e não invasiva".

Além desta novidade, os resultados do estudo, publicado na revista Alzheimer's & Dementia: Diagnosis, Assessment & Disease Monitoring, apontam ainda que "as alterações associadas à doença de Alzheimer não ocorrem apenas no cérebro, mas também no sangue, o que pode abrir caminho para novas terapias não invasivas".»


Comentário do Bloguista: A doença de Alzheimer é a forma de demência mais comum e provoca deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas. Este estudo coordenado pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, permitiu descobrir que os monócitos não se movem quando são estimulados por certas substâncias produzidas no cérebro, levando à diminuição das células que podem combater a doença. Esta descoberta é mais um passo de forma a que se compreenda melhor a doença e que o diagnóstico seja feito de uma maneira mais célere, de modo a que não haja pacientes com um diagnóstico incorrecto.

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