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Criadas células que produzem insulina a partir de clones de embriões humanos



Uma equipa de Nova Iorque conseguiu criar embriões humanos a partir de células humanas adultas de uma mulher diabética, usando a mesma técnica de clonagem que criou a ovelha Dolly. Os cientistas conseguiram ainda diferenciar células, a partir dos embriões, para produzir insulina.
Depois de anúncios recentes de laboratórios de Oregon e da Califórnia, nos Estados Unidos, onde se criaram embriões humanos a partir de células clonadas de pessoas vivas, um instituto de Nova Iorque anunciou nesta segunda-feira o mesmo feito e deu ainda um passo em frente. Além de os seus cientistas terem clonado células de uma mulher com diabetes, produzindo embriões e células estaminais que são geneticamente idênticos à mulher, a equipa conseguiu ainda que as células estaminais se diferenciassem em células capazes de produzir insulina. O trabalho foi publicado na edição online da revista Nature.
O desenvolvimento reforça a possibilidade de, no futuro, se usar a investigação em células estaminais para criar células à medida de cada doente para tratar doenças como a diabetes, a doença de Parkinson, doenças cardíacas e outros problemas de saúde. Por outro lado, o feito mostra que está iminente a possibilidade de os cientistas criarem embriões humanos a pedido, algo que a Igreja Católica e os defensores pró-vida criticam fortemente.  
O trio de sucessos “aumenta a probabilidade de se criarem embriões humanos para gerar terapias especificamente para cada pessoa”, diz o especialista em bioética Insoo Hyun, da Faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, EUA. E “a criação de mais embriões humanos para experiências científicas é uma certeza”.
O trio de sucessos “aumenta a probabilidade de se criarem embriões humanos para gerar terapias especificamente para cada pessoa”, diz o especialista em bioética Insoo Hyun, da Faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, EUA. E “a criação de mais embriões humanos para experiências científicas é uma certeza”.
Ainda este mês de Abril, os cientistas do Instituto de Células Estaminais CHA em Seul, na Coreia do Sul, anunciaram que conseguiram fazer o mesmo usando células da pele de dois homens adultos. Em cada caso, os cientistas utilizaram uma versão da técnica que criou a ovelha Dolly em 1996, o primeiro animal clonado a partir de um mamífero adulto.
Esta técnica chama-se "transferência nuclear de células somáticas". Em humanos, a técnica passa por retirar o ADN do núcleo de um ovócito, fundir o ovócito sem núcleo com a célula de uma pessoa, e estimular o ovócito a iniciar a divisão e a multiplicação celular. O embrião resultante inclui células estaminais, que têm a capacidade de diferenciar em qualquer tipo de célula humana.
Apesar de a técnica parecer simples, os cientistas tiveram de contornar muitas dificuldades para a aplicar em células humanas. Agora chegaram a uma receita que funciona, e que inclui os nutrientes certos para sustentar os ovócitos e o tempo certo para iniciar o processo de divisão. Deste modo, conseguiram “uma forma reproduzível e confiável de criar células estaminais específicas para cada doente” a partir da clonagem, disse Robert Lanza, director científico da empresa Advanced Cell Technology, co-autor do artigo da equipa de Seul.
Doença incurável
Este último estudo é de uma equipa de cientistas liderada por Dieter Egli, do Instituto de Investigação da Fundação para as Células Estaminais em Nova Iorque, uma instituição financiada com dinheiros privados. A equipa conseguiu criar as células-beta, que no pâncreas produzem a insulina, a partir de embriões clonados de uma mulher de 32 anos com diabetes do tipo-1.
Este tipo de diabetes é de origem auto-imune. Nesta forma da doença, as células-beta não funcionam porque o sistema imunitário as ataca e destrói. Os doentes, que descobrem ser diabéticos logo durante a infância, têm de administrar-se diariamente insulina. As células-beta, agora criadas, produzem tanta insulina como a produzida por um pâncreas humano saudável, diz Dieter Egli.
Quando transplantadas para ratinhos de laboratório, estas células funcionaram normalmente, produzindo insulina em resposta à presença de glicose no sangue. O investigador não tem planos para transplantar células-beta derivadas de células estaminais para doentes com diabetes do tipo-1, em grande parte porque as novas células vão ter o mesmo destino do das células-beta originais do doente. Como neste tipo de diabetes o sistema imunitário destrói as células-beta, as novas células transplantadas acabariam por ser inutilizadas, antecipa Egli.
Um dos mais importantes usos das células-beta criadas agora em laboratório será a investigação, e não o uso em terapias, disse por sua vez Douglas Melton, do Instituo de Células Estaminais de Harvard, nos EUA, que não esteve envolvido no estudo.

Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/embrioes-humanos-clonados-desenvolvem-celulas-que-produzem-insulina-1633927
Por: Mariya Hrynchak m6004
The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''. The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies. Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research. For more information: http://www.ubi.pt/Curso/907.

Comentários

  1. Mariya Hrynchak m600430 de abril de 2014 às 00:19

    Usando a mesma técnica de clonagem que criou a ovelha Dolly, já é possível produzir embriões humanos a partir das células clonadas de pessoas vivas. Uma equipa de cientistas de um instituto de Nova Iorque conseguiu, ainda, que as células estaminais se diferenciassem em células capazes de produzir insulina, clonando células de uma mulher com diabetes. Esta inovação científica permitirá o uso de investigação em células estaminais para criar células de cada doente para tratar determinadas doenças como diabetes, doença de Parkinson, doenças cardíacas e entre outras.

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