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Explicação da obesidade está num gene do cérebro




Investigadores demonstraram o papel do cérebro na obesidade, ao verificarem em ratos que as mutações num gene do hipotálamo, o IRX3, podem originar animais 30 por cento mais magros e resistentes a dietas ricas em gorduras.
As conclusões do estudo são publicadas na quinta-feira, na revista Nature.
Até agora, sabia-se que as mutações com maior grau de associação com a obesidade residiam no gene FTO. Contudo, investigadores em Espanha, nos Estados Unidos e no Canadá descobriram que tais mutações afectam elementos reguladores, que, apesar de estarem localizados no gene FTO, controlam o gene IRX3.
Marcelo Nóbrega, geneticista brasileiro da Universidade de Chicago que coordenou o estudo, sustenta que, numa experiência com ratinhos, os roedores com mutações no IRX3 revelaram-se 30 por cento mais magros - devido à perda de tecido adiposo branco, ao aumento de tecido adiposo castanho e à actividade metabólica - e mais resistentes às dietas ricas em gorduras.
Tal aconteceu, não obstante os ratinhos terem comido e exercitado o mesmo que os roedores com o gene "intacto".
"Os nossos dados sugerem, fortemente, que IRX3 controla a massa de gordura", ao regular o metabolismo, assinalou o geneticista, citado pela agência AFP.
As mutações causam uma produção excessiva da proteína com o mesmo nome no cérebro, afectando possivelmente, segundo os cientistas, o hipotálamo, onde são regulados o apetite e o metabolismo.
A próxima meta da equipa de investigadores será identificar quais as funções das células que foram alteradas pelo IRX3, e de que forma, para que possam ser desenvolvidos medicamentos que bloqueiem os efeitos causadores da obesidade.

Por: António Afonso, m6262

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Comentários

  1. A geografia da obesidade está essencialmente confinada aos países desenvolvidos, constituindo um severo problema de saúde pública. Em Portugal, esta patologia atinge 1 milhão de adultos e 3,5 milhões são pré-obesos. Os números são igualmente preocupantes entre os mais novos: cerca de 15% das crianças entre os 6 e os 9 anos são obesas e mais de 35% sofrem de excesso de peso. Para este cenário contribuem decisivamente as questões de índole socioeconómica.
    A modificação nos hábitos de consumo, com o aumento da ingestão de gorduras e proteínas de origem animal, associada ao sedentarismo, favorecem a incidência de obesidade. Também o consumo de sal e a densidade energética dos alimentos incrementam o risco de obesidade.
    Apesar de ser fundamental desvendar os mecanismos genéticos, moleculares e metabólicos afectos a esta doença, a prevenção deve representar a principal medida de combate a este flagelo, dado que a obesidade por si só é patologia e factor de risco para outras condições, nomeadamente problemas cardiovasculares, diabetes e hipertensão arterial.

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