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Químicos produzem molécula para detectar Alzheimer

A PiB já está disponível para exames clínicos em Coimbra

Investigadores da Universidade de Coimbra produziram uma molécula única, a PiB (composto B de Pittsburgh), que possibilita detectar a doença de Alzheimer antes de os sintomas clínicos se revelarem.

Trata-se de um exame que “necessita de uma logística complexa pois, devido ao seu curto tempo de vida, a PiB só pode ser sintetizada minutos antes da aplicação ao doente".

Assim, quando o paciente dá entrada no Instituto Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), "a equipa de produção é informada, sendo a molécula sintetizada enquanto os técnicos preparam o doente para a realização do exame”, explicam os coordenadores da equipa de investigação, Antero Abrunhosa e Francisco Alves.

A PiB é um composto altamente sensível, baseado em Carbono-11, um isótopo que é produzido pela primeira vez em Portugal e que “tem um tempo de vida útil de apenas 20 minutos, exigindo assim que o exame clínico se realize exclusivamente em unidades que possuam um ciclotrão, como é o caso do ICNAS”, afirma Francisco Alves, responsável pelo ciclotrão e também professor da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.

O produto está já a ser usado no âmbito de um projecto liderado por Miguel Castelo Branco, director do ICNAS. “É uma óptima ferramenta para validar tratamentos das doenças neurodegenerativas e abre uma janela para uma nova era da medicina preventiva. A partir de aqui, é possível testar os novos medicamentos numa fase precoce da doença, mesmo antes dos sintomas se manifestarem”, afirma o neurocientista.

Segundo Antero Abrunhosa, que lidera o Laboratório de Radioquímica do ICNAS, “a produção desta molécula e, consequentemente, este tipo de exames médicos, só acontece nos principais centros de investigação do mundo. Permitir que os doentes portugueses tenham acesso a um diagnóstico atempado sobre a principal causa de demência é, sem dúvida, um marco decisivo”.



Sónia Alexandra Pereira Miguel
M4749

Comentários

  1. A população idosa tende a aumentar, cada vez mais e torna-se uma preocupação constante assegurar a qualidade de vida desta faixa etária tao vulnerável.
    A doença de Alzheimer, é já considerada a 3ª causa de morte, a nível mundial e um diagnóstico precoce da doença, é actualmente, a forma mais eficaz de retardar a progressiva neurodegeneração que se observa nos doentes portadores de Alzheimer.
    A descoberta da PIB, vem revolucionar o campo do diagnóstico da doença de Alzheimer, o facto de ela permitir identificar o risco de vir a desenvolver uma doença neurodegenerativa, mesmo antes de existirem sintomas clínicos, permite precocemente aplicar um tratamento no sentido de inverter a situação. Futuramente, esta proteína poderá aplicar-se na síntese de fármacos que possam contribuir para o tratamento logo na fase precoce da doença.
    É admirável como, no “nosso” Portugal ocorrem avanços científicos deste caracter, é caso para nos orgulharmos da ciência que é praticada aqui, e como futuros cientistas empenharmo-nos ao máximo, para um dia sermos nos a descobrir marcos históricos na ciência.


    Sónia Miguel
    M4749

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  2. A população idosa tende a aumentar, cada vez mais e torna-se uma preocupação constante assegurar a qualidade de vida desta faixa etária tao vulnerável.
    A doença de Alzheimer, é já considerada a 3ª causa de morte, a nível mundial e um diagnóstico precoce da doença, é actualmente, a forma mais eficaz de retardar a progressiva neurodegeneração que se observa nos doentes portadores de Alzheimer.
    A descoberta da PIB, vem revolucionar o campo do diagnóstico da doença de Alzheimer, o facto de ela permitir identificar o risco de vir a desenvolver uma doença neurodegenerativa, mesmo antes de existirem sintomas clínicos, permite precocemente aplicar um tratamento no sentido de inverter a situação. Futuramente, esta proteína poderá aplicar-se na síntese de fármacos que possam contribuir para o tratamento logo na fase precoce da doença.
    É admirável como, no “nosso” Portugal ocorrem avanços científicos deste caracter, é caso para nos orgulharmos da ciência que é praticada aqui, e como futuros cientistas empenharmo-nos ao máximo, para um dia sermos nos a descobrir marcos históricos na ciência.

    Sónia Miguel
    M4749

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