A investigação, que foi conduzida por Lígia Rodrigues, permitiu descobrir que uma proteína do leite, a lactoferrina, é capaz de reduzir para metade a viabilidade das células cancerosas e em dois terços a sua proliferação. A equipa do estudo defende, por isso, que tanto o leite como os seus derivados sejam enriquecidos com esta proteína como forma de prevenir o cancro da mama ou de evitar que este se alastre no organismo.
Em Portugal, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da mama e registam-se 1500 mortes. Apenas 1% dos casos são em homens, mas em geral os tumores são agressivos e não são detectados de forma precoce por desconhecimento dos doentes.
“Esta investigação é de particular relevância para a indústria alimentar. O consumo de leite e derivados, ou mesmo produtos enriquecidos com lactoferrina, pode no futuro constituir uma forma natural de prevenir o cancro de mama ou de melhorar o tratamento dos pacientes”, explica Lígia Rodrigues. A investigadora sublinha que esta proteína já tinha revelado um papel potencialmente importante noutros tipos de cancro, pelo que o futuro passará por perceber as doses ideais que devem ser incluídas na dieta humana.
A lactoferrina – uma glicoproteína – está presente no soro do leite e é capaz de se ligar ao ferro, pelo que pode ser encontrada em vários fluidos corporais, como sangue, lágrimas, saliva ou sémen. Esta proteína consegue inibir a proliferação celular e tem também propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, o que dificulta que as células malignas se reproduzam e se alastrem a outros órgãos sob a forma de metástases.
Apesar de a comunidade científica, em geral, reconhecer que a alimentação é um ponto chave na prevenção e tratamento de muitas doenças, a verdade é que ainda se sabe pouco sobre muitas substâncias que integram os alimentos.
Neste estudo em particular, a equipa olhou apenas para os efeitos da lactoferrina do leite bovino em duas linhas celulares de cancro de mama (HS578T e T47D), uma das quais não tem receptor de estrogéneos, tendo por isso um pior prognóstico perante os tratamentos que existem actualmente. “As células sem este receptor correspondem em geral a tipos de tumores mais agressivos, cuja terapêutica existente não é muito eficiente”, refere o estudo, pelo que uma resposta à lactoferrina “seria um relevante avanço científico”.
Já em Janeiro, uma equipa internacional de investigadores coordenada por uma portuguesa identificou compostos antioxidantes com maior capacidade de prevenção de cancros da mama e da pele presentes em produtos da dieta mediterrânica, conseguindo determinar as dosagens benéficas e danosas. Os compostos antioxidantes com efeito preventivo estudados estavam presentes em produtos como o azeite, vinho tinto, frutos frescos (nomeadamente os vermelhos), legumes e cereais, entre outros, segundo disse na altura Maria Paula Marques, da Universidade de Coimbra (UC), que coordena a equipa de investigadores.
Em Portugal, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da mama e registam-se 1500 mortes. Apenas 1% dos casos são em homens, mas em geral os tumores são agressivos e não são detectados de forma precoce por desconhecimento dos doentes.
“Esta investigação é de particular relevância para a indústria alimentar. O consumo de leite e derivados, ou mesmo produtos enriquecidos com lactoferrina, pode no futuro constituir uma forma natural de prevenir o cancro de mama ou de melhorar o tratamento dos pacientes”, explica Lígia Rodrigues. A investigadora sublinha que esta proteína já tinha revelado um papel potencialmente importante noutros tipos de cancro, pelo que o futuro passará por perceber as doses ideais que devem ser incluídas na dieta humana.
A lactoferrina – uma glicoproteína – está presente no soro do leite e é capaz de se ligar ao ferro, pelo que pode ser encontrada em vários fluidos corporais, como sangue, lágrimas, saliva ou sémen. Esta proteína consegue inibir a proliferação celular e tem também propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, o que dificulta que as células malignas se reproduzam e se alastrem a outros órgãos sob a forma de metástases.
Apesar de a comunidade científica, em geral, reconhecer que a alimentação é um ponto chave na prevenção e tratamento de muitas doenças, a verdade é que ainda se sabe pouco sobre muitas substâncias que integram os alimentos.
Neste estudo em particular, a equipa olhou apenas para os efeitos da lactoferrina do leite bovino em duas linhas celulares de cancro de mama (HS578T e T47D), uma das quais não tem receptor de estrogéneos, tendo por isso um pior prognóstico perante os tratamentos que existem actualmente. “As células sem este receptor correspondem em geral a tipos de tumores mais agressivos, cuja terapêutica existente não é muito eficiente”, refere o estudo, pelo que uma resposta à lactoferrina “seria um relevante avanço científico”.
Já em Janeiro, uma equipa internacional de investigadores coordenada por uma portuguesa identificou compostos antioxidantes com maior capacidade de prevenção de cancros da mama e da pele presentes em produtos da dieta mediterrânica, conseguindo determinar as dosagens benéficas e danosas. Os compostos antioxidantes com efeito preventivo estudados estavam presentes em produtos como o azeite, vinho tinto, frutos frescos (nomeadamente os vermelhos), legumes e cereais, entre outros, segundo disse na altura Maria Paula Marques, da Universidade de Coimbra (UC), que coordena a equipa de investigadores.
O cancro afeta cada vez mais pessoas em todo mundo, nomeadamente o cancro da mama é o tumor feminino com maior incidência e maior taxa de mortalidade. Todos os dias em Portugal morrem 4 a 5 mulheres vítimas desta doença. Facto pelo qual muitos trabalhos de investigação se têm vindo a desenvolver a fim do tratamento/ cura do cancro da mama. Este estudo poderá vir abrir portas tanto para o uso terapêutico da lactoferrina no tratamento do cancro, como para o estudo da potencialidade de outros constituintes dos alimentos.
ResponderEliminarRaquel Bernardino, M4714