O mundo continua dobrado perante uma pandemia que tem matado milhares de pessoas e que não se sabe quando acabará. Os números atuais referem mais de 1,5 milhões de pessoas infetadas e perto de 88 mil mortes. Os laboratórios estão à procura de uma cura e usam várias abordagens.
Investigadores nos Estados Unidos desenvolveram uma vacina que protege ratos contra o vírus Mers-CoV, que pertence ao mesmo grupo do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.
Coronavírus – Usar um vírus para combater um vírus
Segundo os resultados publicados nesta terça-feira, na revista científica mBio, a vacina contém uma versão inócua do vírus parainfluenza (PIV5). Este carrega a proteína spike (proteína S) — moléculas em formato de coroa, utilizadas pelo Mers (e pelo Sars-CoV-2) -, para infetar as células.
O estudo constatou que apenas uma dose relativamente baixa da vacina, administrada em ratos por via intranasal (inalada), bastou para proteger os ratos completamente de uma dose letal do coronavírus causador da MERS, a síndrome respiratória do Médio Oriente.
Apesar de haver já várias abordagens, encontrar uma vacina eficaz contra o coronavírus, causador da Covid-19, é uma corrida contra o tempo. Isto, porque todas as pessoas do mundo serão expostas ao microrganismo nalgum momento.Usando a mesma estratégia, foram geradas candidatas a vacina baseadas no PIV5 que expressam a proteína spike do Sars-CoV-2. Estamos a planear mais estudos em animais para testar a capacidade das vacinas baseadas em PIV5 na prevenção de doenças causadas pelo Sars-CoV-2.
Ainda não sabemos se as pessoas têm imunidade duradoura contra a infeção por Sars-CoV-2, por isso é importante pensar na forma de proteger a população.
Afirmou o especialista em declaração.
MERS (Síndrome Respiratória do Médio Oriente) e COVID-19 são ambos causados por coronavírus. O MERS é mais mortal e fatal em cerca de um terço dos casos conhecidos, mas houve apenas 2494 casos desde 2012, quando o vírus surgiu. Em contraste, houve mais de 1,5 milhões de casos confirmados da COVID-19 em todo o mundo, desde que surgiu, no final de 2019, em Wuhan, China, e quase 88 mil pessoas morreram com a doença.
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