A luz artificial não traz felicidade aos seres humanos, cujos corpos estão desenhados para funcionar melhor expostos à luz natural, arredada de espaços como escritórios ou centros comerciais, alerta Miguel Meira e Silva, especialista em Cronobiologia e Medicina do Sono.
Os seres humanos são animais diurnos para os quais a luz é fundamental para sobreviver e serem felizes, diz Miguel Meira e Silva, da Faculdade de Medicina de Lisboa.
"Num corpo humano, as células, tecidos e órgãos também são influenciados pela luz natural, por exemplo, com as células fotossensíveis na retina, que regulam o tempo interno de cada pessoa", garante o especialista.Nisto, os seres humanos podem aprender com outros modelos animais, como o da 'Gonyaulax', um protozoário unicelular para quem a luz serve para controlar a aquisição de nutrientes e a "estabilidade social" que precisa para a sua sobrevivência.
"É a luz do sol que estimula estas células e desencadeia ao longo de cada dia os mecanismos que levam ao sono, vigília e repouso e influencia a frequência cardíaca, pressão arterial, produção de urina e temperatura do corpo. Com a falta de luz natural há um índice maior de infelicidade e alterações relacionadas com a ansiedade e depressão", acrescenta.
A criatividade e a memória também são sensíveis à luz, afirma Miguel Meira e Cruz num comunicado a propósito do dia Internacional da Luz, notando que se sofre "cada vez mais com o encarceramento em locais fechados com acesso condicionado a claridade original", dos escritórios aos centros comerciais e até a casa de cada um. Isso faz aumentar a prevalência "de doenças e de incapacidade", porque a falta de luz do Sol influencia "o sistema imunitário e a função cardiometabólica".
"A criatividade, memória e predisposição para dinamizar são também capacidades afetadas pela falta ou ausência de luz", indica o especialista a propósito do Dia Internacional da Luz.
Fonte: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/falta-de-luz-natural-aumenta-infelicidade-e-prejudica-sistema-imunitario
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