Ondas de choque sónicas e nanopartículas podem ser a chave contra o cancro
"Os tumores difíceis de tratar com quimioterapia podem vir a ser
atacados com sucesso com um novo tratamento que combina ondas de choque
sónicas com nanopartículas, propõe um estudo divulgado esta
quarta-feira.
As nanopartículas (partículas microscópicas artificiais) podem ser portadoras eficazes de fármacos até ao local exato do tumor através da corrente sanguínea, reduzindo os efeitos secundários tóxicos associados à quimioterapia tradicional e aumentando a eficácia dos tratamentos, refere o estudo realizado por investigadores da Universidade de Turim, Itália, e divulgado na Endocrine-Related Cancer."
As nanopartículas (partículas microscópicas artificiais) podem ser portadoras eficazes de fármacos até ao local exato do tumor através da corrente sanguínea, reduzindo os efeitos secundários tóxicos associados à quimioterapia tradicional e aumentando a eficácia dos tratamentos, refere o estudo realizado por investigadores da Universidade de Turim, Itália, e divulgado na Endocrine-Related Cancer."
(...) "As nanopartículas criadas para o novo tratamento, que se
encontra em ensaios pré-clínicos, são descritas como “bolhas” que contém
os fármacos a libertar com precisão nas células alvo.
Os
investigadores testaram o tratamento em ratos com carcinoma anaplásico
da tiroide (CAT), um tipo de cancro muito agressivo, raro e difícil de
tratar. Após o diagnóstico, a taxa média de sobrevivência é de apenas
cinco meses.
Até agora, não existe uma terapia padrão para o CAT e
o único fármaco aprovado, a doxorrubicina (utilizada na quimioterapia),
tem efeitos secundários graves e é benéfico em menos de 22% dos casos."
(...) "“Esta poderia ser uma estratégia viável para o tratamento deste e
outros tumores sólidos agressivos em que a quimioterapia padrão
permanece como única opção”, disse Maria Graziella Catalano, que liderou
a equipa de investigadores."
Comentário de Cátia Cabral: A
maior parte dos planos de tratamento de cancro mais difíceis inclui
quimioterapia, que consiste no tratamento com medicamentos tendo como
objetivo matar as células cancerígenas. Os fármacos utilizados na
quimioterapia atuam seletivamente nas células cancerígenas. No entanto, esta seletividade ainda não é perfeita, acabando por afetar
também células e tecidos saudáveis. Por esse motivo surgem alguns efeitos como a queda de pelo e cabelo, enfraquecimento de pele e unhas, náuseas e vómitos e o decréscimo das defesas do organismo.
Por todo o mundo investigam-se novas formas de tratamento eficazes e menos agressivas. Uma das abordagens menos invasiva é o uso de nanopartículas, que consiste na entrega direcionada de fármacos até às células cancerígenas através da corrente sanguínea. No entanto, em alguns cancros, a administração de fármacos pode ser comprometida devido à interrupção do fluxo sanguíneo do tumor, o que afeta a entrega das nanopartículas nas células alvo. Por isso, os investigadores da Universidade de Turim (Itália) associaram às nanopartículas ondas de choque extracorporais, isto é, nanopartículas com ondas sonoras que podem ser concentradas e direcionadas com alta precisão, de modo a que as células cancerígenas absorvam facilmente os medicamentos. Esta nova abordagem terapêutica está ainda em fase de ensaios pré-clínicos, dos quais já existem resultados favoráveis testados em ratos, o que leva aos investigadores ao próximo passo que são os ensaios clínicos com esta esperança de melhorar o tratamento do cancro.
também células e tecidos saudáveis. Por esse motivo surgem alguns efeitos como a queda de pelo e cabelo, enfraquecimento de pele e unhas, náuseas e vómitos e o decréscimo das defesas do organismo.
Por todo o mundo investigam-se novas formas de tratamento eficazes e menos agressivas. Uma das abordagens menos invasiva é o uso de nanopartículas, que consiste na entrega direcionada de fármacos até às células cancerígenas através da corrente sanguínea. No entanto, em alguns cancros, a administração de fármacos pode ser comprometida devido à interrupção do fluxo sanguíneo do tumor, o que afeta a entrega das nanopartículas nas células alvo. Por isso, os investigadores da Universidade de Turim (Itália) associaram às nanopartículas ondas de choque extracorporais, isto é, nanopartículas com ondas sonoras que podem ser concentradas e direcionadas com alta precisão, de modo a que as células cancerígenas absorvam facilmente os medicamentos. Esta nova abordagem terapêutica está ainda em fase de ensaios pré-clínicos, dos quais já existem resultados favoráveis testados em ratos, o que leva aos investigadores ao próximo passo que são os ensaios clínicos com esta esperança de melhorar o tratamento do cancro.
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