Um novo medicamento contra a malária foi anunciado como eficaz contra estirpes resistentes e em todo o ciclo do parasita, com potencial para curar e proteger numa única dose, diz a revista “Science Translational Medicine”.
Num artigo publicado esta quarta-feira, explica-se que o MMV390048 (ou MMV048) é o resultado de investigação conduzida pelo “Drug Discovery and Development Center” (H3D) da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, e da fundação Medicines for Malaria Venture (MMV, Suíça), em colaboração com uma equipa de investigadores internacionais.
“A capacidade do MMV048 bloquear todas as fases do ciclo de vida do parasita da malária, oferecer proteção contra a infeção, bem como potencialmente bloquear a transmissão do parasita de pessoa para pessoa, sugere que o composto pode contribuir para a erradicação da malária”, disse Kelly Chiabale, que liderou a investigação.
Em 2014, o MMV048 tornou-se o primeiro medicamento contra a malária a entrar na fase I de estudos em humanos em África. Atualmente está a ser preparada a fase II em humanos.
“Este composto tem um enorme potencial”, disse David Reddy, diretor da MMV, salientando o facto de poder ser administrado em dose única, o que pode revolucionar o tratamento da doença.
Apesar dos avanços na luta contra a malária, da pulverização e do uso de redes mosquiteiras, quase 430.000 pessoas morreram de malária em 2015, especialmente em África, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A malária, ou paludismo, é uma doença infeciosa transmitida por mosquitos e que afeta principalmente países da África subsaariana, América do Sul e Ásia.
Fonte:http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/novo-farmaco-anti-malaria-pode-curar-e-proteger-numa-unica-dose
Comentário de Rita Sousa: Malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos e provocada por protozoários do género Plasmodium através da picada de uma fêmea infectada, a qual introduz no sistema circulatório do hospedeiro os microorganismos da sua saliva, que se vão depositar no fígado e onde vão maturar e reproduzir. A malária tem como principais sintomas a febre e dores de cabeça, podendo progredir para coma (malária cerebral) ou morte. Esta é mais comum em regiões tropicais e subtropicais (grande parte da África subsariana, Ásia e América). A OMS estima que em 2010 tenham ocorrido 219 milhões de casos de malária que provocaram a morte a 600 000 pessoas. O desenvolver de novos fármacos que permitam o tratamento da malária é por este motivo um grande avanço da ciência, pois vai permitir o tratamento de vários doentes em estados mais avançados que de outra forma não conseguiriam sobreviver e também a reduzir os efeitos nefastos muito significativos na economia das regiões onde está disseminada.
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