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Investigadores criam nanovacina contra diferentes cancros

Reuters/EDGAR SU


Investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nanovacina (vacina administrada através de partículas microscópicas) contra diferentes cancros, como o da pele, do cólon e do recto, numa experiência com ratos, revela um estudo publicado esta segunda-feira.

As nanovacinas consistem em proteínas do tumor que podem ser reconhecidas pelo sistema imunitário e que estão no interior de uma nanopartícula de polímero sintético. As minúsculas partículas são direccionadas para o alvo, estimulando o sistema imunitário a desencadear uma resposta contra agentes agressores como tumores. A ideia é ajudar o organismo a combater o cancro com a suas próprias defesas.

No estudo, publicado na edição digital da revista Nature Nanotechnology, e divulgado num comunicado da universidade norte-americana, os cientistas examinaram uma variedade de tumores associados aos cancros da pele, do cólon, do recto, do útero, da cabeça e do pescoço.

Na maioria dos casos, a nanovacina abrandou o crescimento do tumor e prolongou a vida dos animais. A nanovacina experimental activou a proteína adaptadora STING, permitindo a estimulação da defesa imunitária do organismo dos roedores contra o cancro.

Outras tecnologias de produção de vacinas têm sido usadas na imunoterapia contra cancros, mas têm custos de produção mais elevados e são mais complexas, por implicarem bactérias vivas ou múltiplos estimulantes biológicos, assinala a Universidade do Texas.

A equipa de cientistas está a trabalhar com médicos para administrar a nanovacina a doentes oncológicos. Segundo os investigadores, a combinação de nanovacinas com radioterapia ou outras imunoterapias pode aumentar, no futuro, a eficácia dos tratamentos contra o cancro.

Fonte:https://www.publico.pt/2017/04/24/ciencia/noticia/investigadores-criam-nanovacina-contra-diferentes-cancros-1769925

Comentário de Ana Maria: A Imunoterapia é uma forma de tratamento que ajuda e estimula o sistema imunitário do doente, permitindo, assim, que este tenha uma maior capacidade para combater o cancro.
O tratamento através da imunoterapia pode ser feito através da introdução de determinadas substâncias no organismo (que vão induzir o próprio sistema imunitário a combater a doença), sendo classificada como terapia ativa. E pode também ser realizado através de anticorpos, produzidos em laboratório (já programados para destruir os tumores). Nesse caso, intitula-se de terapia passiva. Este tratamento é normalmente introduzido por via endovenosa, para que possa circular através da corrente sanguínea, e de forma sistémica.
Existem também dois tipos de imunoterapia já usados ou em fase de estudo:
- Anticorpos monoclonais: produzidos de forma artificial, em ambiente laboratorial. Estes são acoplados às células cancerígenas, impedindo o seu crescimento;
- Imunoterapias não específicas: pretende melhorar as funções do sistema imunitário.


The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''. The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies. Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research. For more information: http://www.ubi.pt/Curso/907.

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