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Basta manipular uma proteína para salvar as células da progressão do Alzheimer

O reforço de uma proteína que protege as células pode retardar a progressão da doença de Alzheimer, segundo um estudo divulgado por duas investigadoras da “University College” do Reino Unido.

Fiona Kerr e Linda Partridge usaram experiências com ratos e com moscas da fruta para demonstrarem que o bloqueio de um inibidor da proteína protegeu os neurónios dos animais do desenvolvimento dos sintomas da doença.
O estudo, publicado esta quinta-feira (02/03) na revista científica “PLOS Genetics” mostrou que o inibidor 'Keap1', que bloqueia a proteína protetora 'Nrf2', é um alvo promissor para medicamentos contra o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.
A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência e que provoca a deterioração de funções cognitivas, pode ter a progressão retardada com medicamentos mas até agora não há forma de prevenir o desenvolvimento ou parar a sua progressão.
A proteína 'Nrf2' protege as células do cérebro de condições adversas mas por razões desconhecidas os seus níveis decrescem nos neurónios de pessoas afetadas por Alzheimer. Tentativas de ativar a 'Nrf2' provocaram efeitos tóxicos. Os cientistas têm usado as moscas da fruta para investigar o 'Keap1', um inibidor da 'Nrf2'.
Segundo o estudo, bloqueando a interação entre o 'Keap1' e a 'Nrf2' nos cérebros das moscas podia prevenir-se os efeitos prejudiciais da proteína chamada peptídeo beta-amiloide, que cria as placas no cérebro características dos doentes de Alzheimer. O mesmo resultado foi conseguido nas células de ratos.
O estudo demonstra que reforçando a 'Nrf2', ao bloquear o seu inibidor (Keap1), pode proteger-se os neurónios dos ratos dos efeitos do Alzheimer causados pelo peptídeo.

Incidência da doença a aumentar

“Com o envelhecimento da nossa população a incidência da demência está a aumentar drasticamente e há a necessidade urgente de descobrir novos medicamentos que protejam as células nervosas e parem a progressão da doença”, disse Fiona Kerr. “As nossas descobertas são importantes porque ao bloquear o 'Keap1' e ao aumentar a atividade da proteína 'Nrf2', protetora das células, há o potencial de prevenir esta perda de células nervosas na doença de Alzheimer e em outras formas de demência”, sublinhou a investigadora.



Comentário do Bloguista: A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta cada vez mais a população e, por isso, tem exigido muitos estudos por parte da comunidade científica. Afeta as funções cognitivas do indivíduo e, até hoje ainda não há tratamento para travar a progressão desta doença. No entanto, investigadoras da University College fizeram um estudo, com recurso a modelos animais, e detetaram uma proteína com capacidade de proteger os neurónios dos animais. Desta forma, com a investigação contínua podemos estar mais perto de conseguir uma medicação que proteja as células nervosas, e assim parar o progresso da doença.
The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''. The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies. Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research. For more information: http://www.ubi.pt/Curso/907.

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