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Cientistas criam ‘arma’ de detecção para cancro do colo do útero

É um kit simples que pode ser usado em casa e permite fazer uma auto-colheita para deteção do cancro do colo do útero, o segundo tipo de cancro mais frequente nas mulheres a nível mundial. O inovador Teste da Mulher  foi lançado no mercado, no passado dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.


Este teste foi pensado e desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos pela Infogene, empresa biotecnológica formada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC).

Além de ser o primeiro teste em Portugal que permite esta auto-colheita, é mais robusto e mais rápido do que o método clássico - teste de Papanicolau (citologia) - para detetar a presença do papilomavírus humano (HPV), responsável pelo surgimento da doença oncológica com a terceira maior taxa de incidência em mulheres portuguesas.

O que torna único este novo método, é o facto de ser "um teste muito específico, capaz de identificar os 12 tipos de HPV de alto risco responsáveis pela infeção persistente que causa o cancro do colo uterino e de, em caso de resultado negativo, garantir à mulher um período de tranquilidade três vezes superior do que o método convencional", explica Rui Costa , diretor executivo da Infogene, num comunicado enviado ao Boas Notícias.

Por outro lado, realça o responsável, "é um método rápido, simples e seguro, cumprindo todas as normas da União Europeia. A mulher, em qualquer momento, com conforto e na sua intimidade, pode efetuar a colheita e enviar para análise".

O teste - composto por um estojo (Kit) de auto-colheita e por um teste de deteção precoce do HPV - engloba um dispositivo em forma de "varinha" com uma porção de colheita, um tubo de transporte, um envelope pré-pago para envio da amostra, um folheto de instruções e um formulário de requisição. Após a colheita, a porção de colheita é colocada no tubo de transporte e este é enviado para o laboratório.

Dirigida especialmente a mulheres com mais de trinta anos (as que correm maior risco de desenvolver o cancro do colo do útero), a solução proposta pelos investigadores de Coimbra foi validada no Hospital Universitário de Uppsala, Suécia, através de um estudo comparativo com o teste de Papanicolau, em que participaram quatro mil mulheres.

Numa primeira fase, o Teste da Mulher pode ser adquirido em laboratórios de análises clínicas, por um valor de 89 euros, mas o objetivo é que, a curto prazo, esteja também disponível em farmácias.

Incubada no Instituto Pedro Nunes (IPN) da Universidade de Coimbra, a Infogene nasceu em 2006 e é especializada no desenvolvimento de métodos não invasivos de deteção precoce do cancro.



Sónia Miguel
M4749
The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''. The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies. Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research. For more information: http://www.ubi.pt/Curso/907.

Comentários

  1. O cancro do colo do útero é já o segundo tipo de cancro mais frequente nas mulheres a nível mundial, e com a terceira maior taxa de incidência em mulheres portuguesas. A prevenção desde cedo é, actualmente a forma mais eficaz de combater o avanço desta doença, o que por vezes, não se observa pois existe um certo incómodo e desconforto em relação aos testes existentes. O desenvolvimento de um teste de diagnóstico que pode ser realizado na própria casa e pela própria mulher é, desde já uma medida com relevância no combate a situações extremas, em que o cancro encontra-se num estado irreversível. A investigação relativa ao combate do cancro continuará, entretanto o aparecimento de testes de diagnóstico que sejam simultaneamente informativos e confortáveis para as pacientes poderão melhorar a qualidade de vida de tantas e tantas mulheres afectadas pelo temido cancro do colo do útero.

    Sónia Miguel
    M4749

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