Um estudo revelou que o veneno de uma das aranhas mais mortais do mundo
pode minimizar os danos provocados por acidentes vasculares cerebrais
(AVC), conta o The Guardian. A investigação, levada a cabo por cientistas australianos, mostrou que existe uma molécula no veneno da aranha funnel web – aranha teia de funil – (da espécie Hadronyche infensa) que consegue proteger as células cerebrais das sequelas de um AVC, mesmo quando injetada no sangue algumas horas depois.
A descoberta surgiu ao acaso, quando vários investigadores da
Universidade de Queensland e da Universidade de Monash examinavam o ADN
das toxinas presentes no veneno de três aranhas desta espécie mortal
mortal que encontraram na praia australiana Orchid, em Queensland.
Apesar
de já se saber que o veneno da aranha teia de funil consegue matar um
ser humano em menos de 15 minutos, os cientistas acabaram por descobrir
algo que lhes captou ainda mais o interesse. A molécula, com o nome
Hi1a, chamou-lhes a atenção por ter semelhanças com um outro produto
químico utilizado para proteger as células do cérebro. A partir daí,
decidiram analisar a composição da molécula e testá-la de forma a
comprovar a sua teoria. “Ela provou ser ainda mais potente do que
pensávamos”, referiu Glenn.
Se a descoberta for aplicada
corretamente em testes em seres humanos, tudo indica que poderá vir a
ser a primeira cura contra a devastadora perda de neurónios que um
enfarte pode causar, visto que atualmente não existem medicamentos no
mercado que previnam as lesões, segundo o The Telegraph.
Kate
Holmes, da Associação Nacional contra os AVC, viu a molécula Hi1a como
uma possível solução para o tratamento dos pacientes e como um grande
avanço na medicina, salientando a urgência da sua implementação.
Os acidentes vasculares cerebrais ocorrem quando o fluxo sanguíneo para o
cérebro é interrompido e fica privado de oxigénio. Cerca de 85% dos
destes acidentes são causados por bloqueios nos vasos sanguíneos, com os
restantes casos a ocorrer devido a hemorragias provocadas pelo
rompimentos dos vasos. O AVC é considerado a segunda causa de morte em
todo o mundo, com seis milhões de pessoas a morrer por ano, depois dos
ataques cardíacos.
Fonte: http://observador.pt/2017/03/21/o-veneno-de-aranha-que-pode-prevenir-danos-de-enfartes/
Comentário do Bloguista: Um
acidente vascular cerebral (AVC) resulta da lesão das células
cerebrais, que morrem ou deixam de funcionar normalmente, pela ausência
de oxigénio e de nutrientes na sequência de um bloqueio do fluxo de
sangue ou porque são inundadas pelo sangue a partir
de uma artéria que se rompe, originando numa rápida perda de função
neurológica. O AVC é considerado a segunda causa de morte em todo o
mundo, com seis milhões de pessoas a morrer por ano, depois dos ataques
cardíacos. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode
apresentar paralisia ou dificuldade de movimentação dos membros de um
mesmo lado do corpo, dificuldade na fala e défice visual súbito.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou
morte, sendo a rápida chegada ao hospital importante para a decisão
terapêutica.
Têm sido diversos os estudos para encontrar
forma de minimizar os efeitos colaterais após um acidente vascular
cerebral, o mais recente descobriu a possibilidade de o veneno de uma
das aranhas mais mortais do mundo possa ter presente uma molécula que
consegue proteger as células cerebrais das sequelas de um AVC, mesmo
quando injetada no sangue algumas horas depois. Espera-se que esta
descoberta consiga ser aplicada corretamente de forma a ajudar na
recuperação das sequelas originadas por um AVC.

The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''.
The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies.
Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research.
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