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A mostrar mensagens de abril, 2016

Zonas do cérebro associadas às palavras e aos seus significados

«Nasceu o primeiro atlas semântico do cérebro. Para surpresa dos cientistas, os dois hemisférios parecem ter a mesma importância na atribuição de significado às palavras. Investigação pode vir a ajudar à comunicação com pessoas imobilizadas que não falam. Com as palavras, os humanos puderam dar nomes às coisas, facilitando muito a comunicação. Mas ainda não se sabe como o cérebro associa o som “caneca” ao conceito de um recipiente cilíndrico, mais alto do que baixo, com uma asa, e que se enche de líquidos para se beber. Ou seja, como se atinge o significado das palavras – a semântica. Os cientistas deram agora um passo nessa direcção, ligando as palavras à anatomia do cérebro. Para isso, pediram a voluntários para ouvir um podcast enquanto uma máquina que obtém imagens por ressonância magnética ia medindo a sua actividade cerebral, visualizando as áreas do cérebro que se activavam para cada palavra. Os resultados, publicados nesta quinta-feira na edição da revista científi

Cientistas criam pele artificial que transpira e na qual crescem cabelos

«Investigadores de duas universidades japonesas anunciaram o desenvolvimento de pele artificial que transpira e na qual é possível encontrar folículos capilares. Método pode vir a ser usado como alternativa aos testes químicos feitos em animais O anúncio, tornado público há alguns dias, pode vir a ter um impacto relevante na qualidade de vida de pessoas que sofreram queimaduras ou têm outras doenças graves da pele. Cientistas do Instituto RIKEN e da Universidade de Tóquio, ambos no Japão, criaram, em laboratório, pele “com folículos capilares e glândulas sebáceas”. Este novo tecido transpira e permite o crescimento de cabelos, tal como a pele natural. Os tecidos tridimensionais foram implantados em ratinhos de laboratório, “formando ligações correctas com outros sistemas de órgãos como os nervos e as fibras musculares”, lê-se no comunicado de imprensa divulgado pelo site do Instituto RIKEN. “Este trabalho abre o caminho para a criação de transplantes de pele funcional pa

Foi possível reverter sintomas do autismo em ratinhos adultos

«Neurocientistas nos EUA, entre os quais uma investigadora portuguesa, conseguiram pela primeira vez mostrar que, num modelo animal, é possível reverter algumas das graves perturbações comportamentais associadas ao autismo. Os seus resultados, que poderão um dia permitir desenvolver tratamentos contra esta doença humana, trágica e actualmente sem cura, foram publicados na última edição da revista Nature. Um dos resultados mais surpreendentes é que, apesar de o autismo ser uma doença do desenvolvimento do cérebro, os cientistas mostraram que, no ratinho, algumas das suas manifestações podem ser revertidas mesmo na idade adulta. “Isto sugere que, mesmo no cérebro adulto, existe até certo ponto uma profunda plasticidade”, diz Guoping Feng, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) e líder do estudo, num comunicado daquela instituição. “Há cada vez mais indícios de que alguns dos defeitos [do autismo] são de facto reversíveis, o que nos permite esperar desenvolver no fut

Cientistas já conseguem cortar e colar letra a letra do ADN

«Uma única alteração numa “letra” da molécula de ADN pode ser suficiente para desarranjar a malha biológica de que somos feitos. É o exemplo de doenças como a fibrose cística, que provoca problemas nos pulmões, e da anemia falciforme. Outras alterações no ADN tornam-nos mais susceptíveis a doenças como a de Alzheimer e o cancro. Agora, um avanço na famosa técnica de edição genética CRISPR/Cas9 conseguiu alterar uma única letra da molécula de ADN em células no laboratório, anuncia um artigo científico publicado na edição desta quinta-feira da revista Nature. O desenvolvimento pode vir a ser usado um dia para o tratamento de doenças de origem genética. O núcleo das células contém a molécula de ADN usada na produção de proteínas. Para cada proteína existe um conjunto de letras do ADN (a este conjunto chamamos gene) que funciona como um molde para a sua produção. Há muito tempo que o sonho dos biólogos e dos geneticistas era ter uma técnica que permitisse manipular directamente o ADN

Identificada forma de descobrir mais precocemente cancro do pulmão

«Este teste diagnóstico poderá vir a ser utilizado pela população de risco (fumadores e ex-fumadores), pois é um exame não evasivo e economicamente acessível Investigadores de Valência identificaram uma ligação metabólica que, através de uma simples análise de sangue e em apenas dez minutos, poderá diagnosticar de forma precoce um dos cancros do pulmão mais agressivos, o carcinoma pulmonar de pequenas células. Uma vez que é um exame não evasivo e economicamente acessível, este teste diagnóstico poderá vir a ser utilizado pela população de risco (fumadores e ex-fumadores), revela a agência de notícias espanhola EFE. A ligação metabólica, um conjunto de metabolitos que está presente em qualquer fluido biológico tal como o sangue ou a urina, é um reflexo do estado fisiológico do ser humano e muda em função da saúde do paciente e da resposta aos tratamentos. Os investigadores conseguiram identificar cinco tipos diferentes de metabolitos, cuja composição varia consoante se trat

Portugueses revelam nova estratégia para combater obesidade e diabetes

«Pela primeira vez, uma equipa de investigadores, do Laboratório de Fisiologia, Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI) da Faculdade de Medicina e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da UC (coordenados, respetivamente, pelos Professores Raquel Seiça e Miguel Castelo-Branco), avaliou in vivo (em rato) a eficácia da Ressonância Magnética no estudo dos efeitos da glicação na irrigação e na expansão do tecido adiposo e suas consequências locais e sistémicas. A formação de produtos de glicação avançada ocorre na diabetes mellitus, em relação com o aumento da glicose no sangue, mas também pode ser consequência da ingestão destes produtos, presentes nomeadamente na denominada “dieta de cafetaria” (p. ex., alimentos processados, ricos em açucares e sujeitos a temperaturas elevadas como os fritos). Sabendo que o tecido adiposo tem a capacidade de armazenar o excesso de energia ingerida, expandindo-se de forma quase ilimitada, e impedir

Basta um microchip no cérebro e jovem tetraplégico recupera mobilidade!

«Um jovem norte-americano, que ficou tetraplégico após um acidente, recuperou a mobilidade nos dedos e na mão, graças a um 'microchip' implantado no seu cérebro, um tratamento pioneiro cujos resultados são publicados hoje na revista Nature. A investigação com sensores, que captam a atividade neuronal, tinha permitido, até agora, transmitir sinais cerebrais a braços articulados externos, mas é a primeira vez que é recuperada a mobilidade nas extremidades de membros de uma pessoa com paralisia. Uma equipa da Universidade Estatal de Ohio e do Instituto Feinstein para a Investigação Médica, ambos nos Estados Unidos, conseguiu ligar um implante cerebral a um dispositivo com 130 elétrodos capazes de gerar movimento na mão. O sistema funciona como um 'bypass' eletrónico que contorna a lesão na espinal medula do jovem, sem mobilidade nas pernas e nos braços há cinco anos, e liga de novo o cérebro aos músculos. A partir de algoritmos de autoaprendizagem, um co

Luva que ajuda doentes com Parkinson a controlar tremores

«Tinham dado voltas à cabeça para tentar descobrir o que lhes escapava no diagnóstico. Uma doente com 103 anos perdia peso a olhos vistos e os médicos não conseguiam perceber porquê. Um dia, o estudante de Medicina Faii Ong cruzou-se com a senhora na cafetaria do hospital, em Londres, e não pode deixar de reparar na imensa dificuldade da mulher para comer a sopa: "A mão dela tremia e a sopa ia sendo derramada", contou numa entrevista ao "Fast Company". Estava ali a resposta — a doença de Parkinson da centenária estava a fazê-la perder peso simplesmente porque ela não conseguia alimentar-se. Nos dois anos que separam este episódio dos dias de hoje, Faii Ong, 24 anos, não mais esqueceu a senhora e assumiu uma missão: inventar um dispositivo capaz de ajudar os milhões de pessoas que sofrem de Parkinson em todo o mundo. A solução poderá chegar ao mercado durante o próximo ano e ainda em 2016 vai lançar uma campanha de "crowdfunding" para ajudar no

Cientistas identificaram uma lista de áreas do cérebro que podem ter um papel fundamental na depressão induzida pelo stresse

«Study looks at why people may feel more helpless in stressful situations than others Stress -- we're all too familiar with it. More of us than ever are feeling the relentless pressure of busy lives and it is taking its toll. In the US, stress related ailments cost the nation $300 billion every year in medical bills and lost productivity. But it seems some people are able to cope with this problem much better than others. Some individuals are resilient, while others succumb to despair. The reason, scientists have discovered, is all in the brain. Mapping the brain activity in mice when placed under stress, scientists have found that mice showing helpless behavior had vastly different brain activity from those displaying resilient behavior. Certain patterns were revealed in the stressed brain and the scientists identified a list of brain areas that might have a critical role to play in stress-induced depression. Looking at these brain activities the study, publishe

Um novo sistema para visão a cor

«The swirling skies of Vincent Van Gogh's Starry Night illustrate a mystery that has eluded biologists for more than a century--why do we perceive the color blue in the dimly lit night sky? A newly discovered mechanism of color vision in mice might help answer this question, Caltech researchers say. The work, which was done in the laboratory of Markus Meister, Anne P. and Benjamin F. Biaggini Professor of Biological Sciences, will be published on April 14 in the print edition of the journal Nature. In humans, vision is enabled by two types of light-sensitive photoreceptor cells called rods and cones. When these photoreceptors detect light, they send a signal to specialized neurons in the retina called retinal ganglion cells, or RGCs, which then transmit visual information to the brain by firing electrical pulses along the optic nerve. A standard biology textbook would likely explain that vision in dim light is enabled by rods--sensitive light detectors that a

Cientistas armazenam imagens digitais em DNA

«Technology companies routinely build sprawling data centers to store all the baby pictures, financial transactions, funny cat videos and email messages its users hoard. But a new technique developed by University of Washington and Microsoft researchers could shrink the space needed to store digital data that today would fill a Walmart supercenter down to the size of a sugar cube. The team of computer scientists and electrical engineers has detailed one of the first complete systems to encode, store and retrieve digital data using DNA molecules, which can store information millions of times more compactly than current archival technologies. In one experiment outlined in a paper presented in April at the ACM International Conference on Architectural Support for Programming Languages and Operating Systems, the team successfully encoded digital data from four image files into the nucleotide sequences of synthetic DNA snippets. More significantly, they were also able