Rúben Pereira – do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto – publicou na revista Materials Horizons um artigo científico sobre bioimpressão de pele em 3D. Já Joana Sacramento – do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Universidade Nova e Lisboa – lançou na revista Diabetologia um estudo sobre uma potencial abordagem terapêutica a diabetes de tipo 2. São estes os dois artigos científicos na área das ciências biomédicas (realizados em Portugal e por investigadores com menos de 35 anos) distinguidos pelo Prémio Pulido Valente Ciência 2018, que este ano teve como tema a engenharia biomédica. Entregue a 7 de Março no Palácio das Laranjeiras (Lisboa), o prémio de dez mil euros será dividido pelos dois vencedores.
No trabalho publicado na Materials Horizons, Rúben Pereira quer contribuir para os avanços científicos na reparação das lesões da pele (como queimaduras ou feridas crónicas). Desta forma, como explica num comunicado sobre o prémio, a sua equipa desenvolveu “uma estratégia multidisciplinar para o fabrico automático de substitutos artificiais e modelos 3D in vitro da pele, através da combinação de biomateriais avançados, bioimpressão 3D e células humanas”.
No mesmo comunicado, o investigador explica que começou por conceber à escala molecular um novo biomaterial de origem natural baseado em pectina (polímero natural). Depois, combinou o biomaterial com fibroblastos (células da derme). No fim, esse biomaterial foi aplicado na bioimpressão 3D de hidrogéis celularizados, que são capazes de suportar a viabilidade das células após a bioimpressão. Desta forma, acrescenta o investigador, estimular-se-á a formação de novo tecido na derme com composição semelhante ao tecido original.
Comentários
Enviar um comentário