Pelas universidades e por laboratórios
de todo o mundo procuram-se formas de combate às células cancerígenas. Aqui
estão algumas recentes descobertas
1. EVITAR A METÁSTASE
Investigadores da Universidade do
Colorado, nos EUA, descobriram uma forma de interferir no processo de metástase
das células cancerosas. Na investigação, publicada na revista científica
Proceedings of the National Academy of Sciences, os especialistas tentaram
perceber o que acontece quando a célula se decompõe e recicla partes
danificadas da própria célula (processo de autofagia). Os cientistas
descobriram que, quando desligavam a atividade dos lisossomas (estruturas
celulares que têm a capacidade de degradar partículas), as células cancerígenas
eram incapazes de sobreviver ao processo de metástase.
2. AMBIENTE ÁCIDO
Foi descoberto um novo método que
enfraquece as células cancerígenas. Uma equipa de espanhóis e de
norte-americanos, que investigou de que forma as vias metabólicas das células
cancerígenas são afetadas por variações no seu ambiente interno, verificou que
o ambiente ideal para este tipo de células é o alcalino e que, em ambientes
mais ácidos, o metabolismo das células cancerígenas não é assim tão eficaz.
3. CÉLULAS A DORMIR
Uma equipa de australianos
desenvolveu uma classe de compostos que “põe a dormir” as células cancerígenas.
Ou seja: bloqueiam a sua atividade, ficando incapazes de se dividirem e de se
multiplicarem. Os investigadores acreditam que esta nova classe de compostos
anticancro é uma solução à quimioterapia e à radioterapia, já que apenas põe as
células cancerígenas num “sono permanente”. A investigação foi publicada na
revista científica Nature.
4. RESPOSTA IMUNITÁRIA
Uma investigação de especialistas
da Universidade da Califórnia, nos EUA, descobriu que as células do sistema
imunológico são mais eficazes no ataque às células cancerígenas se duas
moléculas-chave, a Sprouty (Spry) 1 e Sprouty (Spry) 2, forem eliminadas. A
investigação, publicada na revista científica Proceedings of the National
Academy of Sciences, concluiu que a exclusão dos genes responsáveis por essas
moléculas melhorou a capacidade de sobrevivência das células T CD8, armas
poderosas do sistema imunológico.
5. AUTODESTRUIÇÃO
Um estudo recente de
investigadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, examinou de que forma
um tipo de cancro cerebral altamente agressivo (glioblastoma multiforme)
consegue autodestruir-se. A equipa fez testes em ratos e identificou um
composto químico, o KHS101, que consegue interromper o fornecimento de energia
das células malignas, matando-as. O trabalho foi publicado na revista
científica Science Translational Medicine.
6. O SEGREDO DOS ELEFANTES
Os cientistas já tinham
descoberto que os elefantes têm, pelo menos, 20 cópias de um gene denominado
p53, conhecido por suprimir os tumores. Já os humanos, e a maioria dos animais,
têm apenas uma única cópia deste gene. Agora, um estudo da Universidade de
Chicago, descobriu que o p53 contém um “pseudogene”, o fator inibitório da
leucemia 6 (LIF6), que tem a capacidade de ser reativado.
Fonte: http://visao.sapo.pt/visaosaude/2019-03-03-O-que-ha-de-novo-na-investigacao-do-cancro?fbclid=IwAR1weL2-W1iyl53BaMfup8XrYr2z97Mu9zhxXLRl_gAoCYMwvpJ3lek7wWU
Comentários
Enviar um comentário