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Remover glutamato da nossa dieta pode melhorar sintomas de dor crónica

Um novo estudo piloto provou a existência de uma ligação entre a dor crónica e o consumo de glutamato monossódico, um dos aminoácidos não essenciais mais abundantes, encontrado naturalmente em alimentos como o tomate.


À medida que os cientistas estudam o glutamato, estão a adquirir informações sobre como o produto químico reage no cérebro e no corpo humano. No cérebro, o glutamato é um neurotransmissor comum que também pode atuar como excitotoxina, superestimulante e danificar ou matar células nervosas.
Embora seja um produto químico natural presente em alguns alimentos, como o molho de soja, o tomate e o queijo parmesão, o glutamato é mais comum como um aditivo alimentar.

Enquanto que nos Estados Unidos, é adicionado a muitos produtos alimentares e encontrado sob muitos nomes, no Quénia, a exposição das pessoas ao glutamato é apenas a partir de alguns alimentos que contêm glutamato monossódico, sendo a maior exposição proveniente de um tempero chamado Mchuzi Mix, usado na cozinha diária.
De acordo com o Sci-News, um estudo, levado a cabo no Quénia e publicado recentemente no Nutrition, tinha como principal objetivo testar se uma intervenção dietética poderia funcionar e até substituir a medicação sem receita médica para aliviar a dor.

Numa amostra de 30 participantes, a investigadora Kathleen Holton e os co-autores do estudo, testaram os efeitos da remoção de glutamato monossódico e do aumento da ingestão de água – ou uma combinação de ambos – em relação ao paracetamol.
Os participantes do estudo sentiram dor crónica por pelo menos três meses e em pelo menos três quadrantes do corpo. A maioria também sofria de outros sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça, fadiga, disfunção cognitiva e problemas do sono.

Os participantes foram divididos em quatro grupos. Como a desidratação está associada à dor de dor de cabeça, os autores consideraram esse fator no desenho do estudo.
Os que consumiam Mchuzi Mix, receberam um substituto do tempero sem glutamato monossódico. Aqueles que relataram baixa ingestão de água e nenhum glutamato, receberam água e aumentaram o consumo diário para oito copos. Já os que apresentavam baixo consumo de água mas consumiam glutamato monossódico, receberam água e especiarias substitutivas. O grupo de controlo foi administrado com paracetamol.

O grupo que removeu o glutamato monossódico da sua dieta e consumiu mais água relatou melhorias significativas nos seus sintomas, assim como o grupo que recebeu acetaminofeno.
“Este estudo piloto sugere a necessidade de um ensaio clínico em larga escala, uma vez que a mudança na dieta pode ser uma opção efetiva no tratamento da dor crónica a baixo custo, em os países em desenvolvimento”, sugere a investigadora.

Fonte: ZAP

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