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Portugueses descobrem como levar as células cancerígenas ao "suicídio".

Investigadores do Porto descobriram uma forma de aumentar a resposta ao tratamento do cancro do pulmão através da inibição de uma proteína, o que leva à autodestruição das células cancerígenas.


"Quando as células de linhas celulares de cancro do pulmão são impedidas de produzir a proteína spindly, estas passam a responder de forma mais eficiente ao paclitaxel", um medicamento usado em quimioterapia, disse o professor da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário (CESPU) Hassan Bousbaa, um dos responsáveis pelo projeto.


A função do paclitaxel, segundo o investigador, é impedir o crescimento das células cancerígenas, uma vez que inibe a divisão celular, sendo aplicado em casos de cancro do pulmão, dos ovários e da mama, por exemplo.



Autodestruição das células cancerígenas

Este estudo mostrou que a supressão da spindly atrasa a saída mitótica (que se dá quando uma célula se divide mesmo na presença do fármaco que, em princípio, deveria inibir a sua divisão) e leva à autodestruição das células cancerígenas, quando tratadas com esse medicamento, explicou.

Sendo uma proteína necessária para a divisão das células normais, a sua supressão pode ter efeitos negativos, referiu o professor, acrescentando que o paclitaxel também tem, visto que interfere com a divisão celular normal. Espera-se", no entanto, que estes efeitos "sejam revertíveis no fim do tratamento".


Terapia combinada com outros fármacos

Com este projeto os investigadores pretendem "dar uma nova vida aos medicamentos mais usados e com uma longa história de sucesso no combate ao cancro, mas aos quais algumas células do cancro conseguem adaptar-se e sobreviver", referiu Hassan Bousbaa. O objetivo, continuou o professor, "é impedir esta adaptação, ajudando estes medicamentos convencionais a combater melhor as células do cancro".


De acordo com o responsável, esta a estratégia mostrou-se eficaz em células de cancro produzidas em laboratório, sendo o próximo passo o teste com animais, projeto que prevê iniciar em Janeiro de 2018. Este trabalho, cuja primeira autora é a investigadora da CESPU Patrícia Silva, foi co-financiado pela Fundação para a Ciência e para a Tecnologia (FCT) e contou com a participação de Helena Vasconcelos, do IPATIMUP/i3S, do Porto, e de Álvaro Tavares, da Universidade do Algarve. O estudo teve a duração de dois anos e foi publicado recentemente na revista científica Cancer Letters.


FONTE: http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/portugueses-descobrem-como-levar-as-celulas-cancerigenas-ao-suicidio?pagina=1


Comentário de Leonor Ramos: O cancro é uma doença que afeta milhares de pessoas, sendo o cancro do pulmão o mais mortal em Portugal. Neste sentido, muitos têm sido os estudos feitos de forma a melhorar o tratamento ainda pouco eficaz. Com este estudos os investigadores procuraram impedir a disseminação das células cancerígenas através da criação de um novo fármaco, paclitaxel. Através da inibição de uma proteína responsável pela divisão das células, impede a propagação da neoplasia, combatendo assim uma das características basais da neoplasia, a multiplicação descontrolada das células malignas. O novo fármaco será testado em animais a partir de 2018.
The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''. The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies. Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research. For more information: http://www.ubi.pt/Curso/907.

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