Equipa japonesa usou células de um dador para tratar um homem de 60 anos com degeneração macular relacionada com a idade. Esta cirurgia pode impulsionar a criação de bancos de células estaminais pluripotentes induzidas.
Uma equipa de cirurgiões do Centro Médico do Hospital Central da Cidade de Kobe, no Japão, realizou esta terça-feira o primeiro transplante de células da retina que foram produzidas a partir de células estaminais pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) de um dador. Numa conferência de imprensa após a cirurgia, os médicos confirmaram que a operação correu bem mas sublinharam que será preciso esperar algum tempo para anunciar o sucesso da intervenção, já que existe algum risco de rejeição. Ainda assim, a equipa está preparada para repetir o procedimento em mais quatro doentes, conforme foi autorizado pelo ministro da Saúde japonês.
É como se o tempo voltasse para trás e tomasse um caminho diferente para um grupo de células. O que os cientistas fazem é pegar em células adultas e diferenciadas – da pele, por exemplo – e reprogramam-nas para que voltem a um estado embrionário, indiferenciado ou plutipotente. Depois, mudam-lhes o destino e fazem com que se tornem o tipo de célula necessária para tratar uma doença.
Neste caso, os cientistas usaram células da pele de um dador anónimo que, no laboratório, foram reprogramadas e transformadas num tipo de célula da retina. Estas células foram depois transplantadas para a retina de um japonês de 60 anos que sofre de degeneração macular relacionada com a idade, uma doença da retina que provoca uma perda progressiva da visão, que pode levar à cegueira, e que é apontada como a causa mais comum de perda de visão nas pessoas com mais de 55 anos.
Segundo a notícia publicada no site da revista Nature, esta cirurgia pode abrir caminho para mais aplicações das células iPS e impulsionar a criação de bancos de células de diversos
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