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Cientistas criam pele artificial que transpira e na qual crescem cabelos




«Investigadores de duas universidades japonesas anunciaram o desenvolvimento de pele artificial que transpira e na qual é possível encontrar folículos capilares. Método pode vir a ser usado como alternativa aos testes químicos feitos em animais

O anúncio, tornado público há alguns dias, pode vir a ter um impacto relevante na qualidade de vida de pessoas que sofreram queimaduras ou têm outras doenças graves da pele. Cientistas do Instituto RIKEN e da Universidade de Tóquio, ambos no Japão, criaram, em laboratório, pele “com folículos capilares e glândulas sebáceas”. Este novo tecido transpira e permite o crescimento de cabelos, tal como a pele natural.

Os tecidos tridimensionais foram implantados em ratinhos de laboratório, “formando ligações correctas com outros sistemas de órgãos como os nervos e as fibras musculares”, lê-se no comunicado de imprensa divulgado pelo site do Instituto RIKEN. “Este trabalho abre o caminho para a criação de transplantes de pele funcional para queimados e outros pacientes que requerem nova pele.”

De acordo com Takashi Tsuji — autor principal do trabalho, publicado na revista “Science Advances” —, o desenvolvimento de pele artificial tinha, até agora, sido “dificultado pelo facto de o tecido não ter os órgãos importantes, como folículos capilares e glândulas exócrinas”.

Com esta nova técnica, que “replica o funcionamento do tecido normal”, continua o investigador, a ciência está “mais perto do que nunca do sonho de se ser capaz de recriar órgãos em laboratório para transplantes”. Além disso, o crescimento de tecidos em laboratório através deste método pode ser usado como alternativa aos testes químicos feitos em animais. Para chegarem a esta pele sintética, os cientistas japoneses manipularam células retiradas das gengivas de ratos e transformaram-nas em células estaminais indiferenciadas, “capazes de se desenvolverem em qualquer tipo de tecido”, escreve o site Quartz. O enxerto foi depois implantado com sucesso num ratinho sem pelo e com um sistema imunitário deprimido.

O crescimento de cabelos e a transpiração são elementos fulcrais. “[Os enxertos de pele de hoje] funcionam, mas não se parecem nem se comportam como pele”, admitiu John McGrath, professor de dermatologia molecular do King’s College, de Londres, em entrevista à BBC. “Se não temos os folículos capilares ou as glândulas sudoríparas, não vai funcionar como pele”, faz questão de sublinhar o docente universitário. Segundo a BBC, esta descoberta poderá vir a ser aplicada a seres humanos num espaço de entre cinco a dez anos.
Em Outubro de 2015, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, publicaram uma investigação na qual descrevem a criação de pele artificial para ser aplicada em próteses, com o objectivo de devolver a sensação de toque e pressão.»


Comentário do Bloguista: Os enxertos de pele anteriormente desenvolvidos funcionam, mas não se parecem nem se comportam completamente como este órgão, sendo que o crescimento de cabelo e a transpiração são elementos fulcrais.
Este novo tecido, com folículos capilares, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas, pode vir a ter um impacto relevante na qualidade de vida de pessoas que sofreram queimaduras ou têm outras doenças graves de pele. 
Com esta nova técnica, que mimetiza o funcionamento do tecido normal, a ciência está mais perto de ser capaz de recriar órgãos em laboratório para transplantes. Além disso, o crescimento de tecidos em laboratório através deste método pode ser usado como alternativa aos testes químicos feitos em animais.
The creation of this blog came from a challenge posed to Masters students of Biomedical Sciences of the University of Beira Interior, Covilhã (Portugal), by Professor Doctor José Eduardo Cavaco within the course "Project in Biomedical Sciences''. The Biomedical Sciences combine the areas of Biology, Biochemistry, Physics, Management and Engineering, stimulating the capacity for self learning, critical thinking and adaptation to new technologies. Thus, the Biomedics integration in different areas of the national and international job market is possible as technical supporters in clinical environment, consulting, industry, education and research. For more information: http://www.ubi.pt/Curso/907.

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