Investigador Dean Ho fala em alternativa eficaz
2011-03-10
Um artigo científico hoje divulgado defende que a junção de diamantes de tamanho muito reduzido à quimioterapia pode melhorar o tratamento do cancro. Dean Ho, professor de engenharia bioquímica e mecânica na Universidade norte-americana de Northwestern, sustenta que o nanodiamante pode ser uma alternativa eficaz para aplicar medicamentos em cancros de tratamento difícil.
São materiais com base de carbono de dois a oito nanómetros de diâmetro (um nanómetro é um milionésimo de milímetro) que os cientistas dizem agora que poderia ajudar a inverter a resistência do cancro à quimioterapia, que contribui para 90 por cento das metástases.
São materiais com base de carbono de dois a oito nanómetros de diâmetro (um nanómetro é um milionésimo de milímetro) que os cientistas dizem agora que poderia ajudar a inverter a resistência do cancro à quimioterapia, que contribui para 90 por cento das metástases.
A superfície de cada nanodiamante tem grupos funcionais que permitem que se liguem a uma gama de compostos, incluindo os agentes da quimioterapia. Os investigadores ligaram a este material o composto doxorubicin, que se usa na quimioterapia, usando um processo que permite libertar o fármaco de forma gradual, aumentando a sua retenção e a sua eficácia sobre o tumor.
Nos seus estudos de cancro de fígado e de mama, Dean Ho e a sua equipa verificaram que quantidades normalmente fatais de compostos de quimioterapia, quando associadas aos nanodiamantes, permitiram diminuir o tamanho de tumores em ratos e também melhorar as taxas de sobrevivência, sem efeitos secundários nos tecidos ou nos órgãos.
Segundo o artigo publicado na «Science Translational Medicine», este é o primeiro trabalho que demonstrou o potencial dos nanodiamantes no tratamento de cancros que se tornaram resistentes à quimioterapia. “Este método poderia melhorar significativamente a eficácia do tratamento do cancro resistente aos medicamentos e poderia melhorar ao mesmo tempo a segurança no tratamento”, indica Dean Ho.
Nos seus estudos de cancro de fígado e de mama, Dean Ho e a sua equipa verificaram que quantidades normalmente fatais de compostos de quimioterapia, quando associadas aos nanodiamantes, permitiram diminuir o tamanho de tumores em ratos e também melhorar as taxas de sobrevivência, sem efeitos secundários nos tecidos ou nos órgãos.
Segundo o artigo publicado na «Science Translational Medicine», este é o primeiro trabalho que demonstrou o potencial dos nanodiamantes no tratamento de cancros que se tornaram resistentes à quimioterapia. “Este método poderia melhorar significativamente a eficácia do tratamento do cancro resistente aos medicamentos e poderia melhorar ao mesmo tempo a segurança no tratamento”, indica Dean Ho.
Este estudo visou optimizar a eficiência da quimioterapia através do aperfeiçoamento da entrega de fármacos que facilitaria o tratamento de cancros que adquiriram resistência à quimioterapia, tais como o cancro do fígado e da mama. Para tal, estudou-se o potencial dos nanodiamantes na entrega de fármacos. São materiais constituídos à base de carbono que formam uma estrutura que permite a ligação de vários compostos, incluindo agentes de quimioterapia. Estes materiais, assim como muitos outros, nomeadamente lipossomas, polímeros naturais, sintéticos, partículas de ouro, etc… têm a capacidade de libertar substâncias de forma controlada e direccionada. Esta libertação pode ser simulada com base em modelos matemáticos, que conseguem prever a libertação de substâncias ao longo do tempo. Assim, consegue-se simular várias hipóteses, ou seja, testar diferentes concentrações de material a utilizar de modo a que a maior quantidade possível de substâncias a libertar se dê no interior das células tumorais, e a dosagem se situe dentro da “janela terapêutica”. Os nanodiamantes são biocompatíveis e têm a particularidade de conseguirem transportar grandes quantidades de fármacos, para além da sua estrutura permitir o seu reconhecimento apenas pelas células alvo. Devido a estas propriedades, os investigadores conjugaram os nanodiamantes com o doxorubicin (agente de quimioterapia), e fizeram um estudo em ratos com tumores mamários e tumores hepáticos. Após o estudo, verificaram que houve uma maior regressão tumoral em comparação com o método convencional de quimioterapia. Isto deve-se ao facto de os nanodiamantes terem facilidade em penetrar nas células tumorais e conseguirem depositar grandes quantidades de fármacos nas mesmas. Este aumento induziu um acréscimo da apoptose e inibição do crescimento tumoral, levando a taxas de sobrevivência superiores e sem efeitos secundários. Tais doses, pelo método convencional de quimioterapia eram letais, porque a maior parte da concentração é perdida ao longo do percurso antes de chegar ao tumor, devido à sua baixa especificidade, provocando assim efeitos nos tecidos ou órgãos. Assim, o complexo nanodiamantes- doxorubicin representa uma estratégia promissora e biocompatível para superar a quimioresistência, melhorar a eficácia e segurança da quimioterapia.
ResponderEliminarPedro Santos
Parabéns - Cotação Máxima - 5 Valores - UC PCB ACS3.
ResponderEliminarO Coordenador UC PCB